1.4.08

E este bichinho que não me larga.

Ao contrário do que acontecia com os meus amigos, o ski para mim era uma actividade individual e solitária. Das nove da manhã às cinco da tarde, descontando uma breve paragem para almoço, era eu e a montanha coberta de neve, num prazer egoísta a descer pistas. Desde que as minhas filhas se juntaram a mim já não é bem assim. E ainda bem. A semana na neve passou a ser um momento fantástico de convívio, de muito riso e paródia em que por vezes me sinto um adolescente. Guardo as manhãs para descer as pistas solitariamente enquanto elas têm as aulas, mas as tardes são passadas em família. E estou prestes a sucumbir ao bichinho que não me larga e as minhas filhas, que se tornaram numas fanáticas, mais não fazem que contribuir para que este frenesim aumente. A mais velha teve o baptismo o ano passado, a mais nova, que se iniciou no ski com cinco anos, já desce as pistas comigo sem mais hesitações que não sejam as próprias do bom senso e da prudência. Com os rapazes é diferente. O mais velho até agora não esteve para aí virado, mas já confessou que da próxima vez irá experimentar snowboard, só para contrariar o pai, claro. O mais novo, esse vai ter que esperar senão não desço pista nenhuma de jeito. Agora as meninas, é um ai Jesus que aumenta à medida que vêem os meses passarem e sentem o perigo da neve se acabar. Acho que lhes vou fazer a vontade e juntar um par de dias a um destes próximos fins-de-semana, e abalamos todos para uma estância aqui ao lado, que este ano não há tempo para uma semana inteira. Faço-lhes a vontade... e o pai agradece.

3 comentários:

CPrice disse...

ou faça a vontade ao Pai que as meninas agradecem .. (risos) ;)
Dia bom por aí Mr. Mike

Anónimo disse...

(mais risos)... elas estão num desassossego... :)
Dia bom para si Miss Once.

ana v. disse...

Que saudades do ski! Há anos que não faço, e é a mais completa e deliciosa terapia que conheço para limpar a cabeça de todo o stress. Percebo perfeitamente a sua afirmação: somos nós e a montanha, um desafio pessoal que não precisa de mais ninguém. E uma sensação de liberdade e de poder sobre nós próprios... que saudades!

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