28.2.09

Da vida do Convento sabem os que lá estão dentro.

A propósito de um texto que considero um primor, tendo acrescentado no meu comentário que o achava perigosamente lúcido e convincente, não contive a vontade de escrever sobre um tema que se tem vindo a banalizar, sem contudo perder o carácter doloroso que o envolve. Creio tratar-se do divórcio. E digo creio porque o esse texto magnífico não o dissocia, e bem, do passo que o antecede: o casamento. E continuo a dizer creio porque, na sua essência, o tema se foca no papel que os amigos de casais desavindos poderão ter quando o divórcio invade a vida do casal e as vidas dos que são casados, e dos que são amigos. Não vou escrever muito, apesar de, infelizmente, me poder considerar uma espécie de entendido sobre a matéria. Sem a superior lucidez da autora do texto a que me refiro, alguém que pessoa alguma deveria desdenhar a sua amizade, tentarei focar-me no essencial, na esperança que este post fundamente a minha posição de não avançar com a petição que é sugerida. É melhor ir directamente ao assunto. Os divórcios, no sentido mais lato e abarcando tudo o que os envolve, não podem ser generalizados. Sei-o por experiência própria. Há divórcios em que os amigos se afastam e passado o tempo que as partes reservam e clamam para si, se reaproximam; há outros em que os amigos se afastam e não há tempo algum que proporcione a reaproximação; e há ainda outros em que os amigos comuns mantêm um equilíbrio e uma equidistância saudável e natural que os faz permanecer amigos de quem se divorcia. O problema, e aqui inicio a justificação ao meu declinar do convite à petição, é que os amigos realmente sabem de tudo e vendo de fora vêem melhor, mas se mantiveram o afastamento que se impõe durante o casamento, já que entre marido e mulher não se mete a colher, e mesmo assistindo-lhes o direito de analisar, opinar, argumentar, sugerir e até tomar partido, lei nenhuma, a meu ver, deveria impor ao divórcio uma participação que cabe a cada amigo decidir se o deve fazer e até onde o deve fazer. É que se da vida do Convento sabem os que lá estão dentro, são também esses que sabem, ou deviam saber, porque o querem abandonar.

27.2.09

Bom fim-de-semana.


Foto: João Viegas

26.2.09

Curiosidades.

A Luísa passou-me a bola, num passe atribulado, daqueles em que parece que a bola queima os pés a quem a passa. E eu vejo-me rodeado de adversários, ou melhor, de curiosidades, procurando prosseguir a jogada o melhor que posso. Ah, devem ser nove, das quais três são parcialmente ficcionadas.

1. Nasci com quase 10 meses e praticamente morto.

2. Sou expedito na cozinha e bom cozinheiro.

3. Matei a minha primeira perdiz aos 13 anos.

4. O meu primeiro emprego foi como servente de pedreiro.

5. Comecei a trabalhar aos 15 anos.

6. Já fui arrumador de cinema e croupier num casino clandestino.

7. A primeira vez que vi uma peça de teatro tinha 41 anos.

8. Não sei o que é “ir à terra” há quase 34 anos.

9. Entendo que o casamento deve ser “para a vida”.

24.2.09

Vencido mas feliz.

Três dias. Três apetecidos dias. Com o sol a entrar-me pela janela do quarto todas as manhãs, sem pedir licença, e trazendo um recado nos seus raios calorosos e na sua luz radiosa. Disse-lhe que sim com um sorriso, e que dissesse a quem lhe tinha encomendado o recado que podia contar comigo. Três dias que me devolveram aquela sensação única de atravessar a praia com os pés sentindo a areia fina e quente, desejando senti-la fria e molhada pela água salgada. Voltei a perder a noção do tempo, desafiando as ondas grandes e frias que o oceano arremessou, por vezes desgovernadamente, contra terra, vencendo algumas e sendo derrotado por outras. Feito o balanço considero-me vencido e não vencedor, porque mais que a mera contabilidade de ondas cavalgadas, o meu corpo assim o diz. Vencido mas feliz. Eu e tu tínhamos umas contas para acertar. Passados três dias, fizemos as pazes, não é mar? Vencido mas feliz e rejuvenescido, mar, pelo que proporcionaste, a mim e a quem me acompanhou, principalmente as crianças. Mas isso fica para outro post.

As mulheres, o Diabo e o Anjo. (IV)

Olá linda. Como foi o teu dia?
Para esquecer. Não dei por ti mas deves ter andado por aí a rondar.
Enganas-te. Estive todo o dia a jogar Play Station com o Anjo.
Bela vida a vossa.
Não me posso queixar, mas bela, bela és tu.
Diabo, preciso da tua ajuda para passar de nível.
Já aí vou Anjo. Não vês que estou a falar com a garota?
Não lhe dês ouvidos, rapariga, que ele não é de fiar.
E dou a quem? a ti?
Sim, claro. Já te dou atenção. Ó Diabo, anda cá.
Que chato. Vou a caminho ó andorinha.
Mais respeito, Lúcifer.
Olhem lá vocês dois, desliguem essa porcaria. Raios partam o Fabrice, que trouxe essa geringonça cá para casa. Abençoados patins que meti nos pés daquele anormal.
Não sejas assim tão cruel, que ele até é bom rapaz e gosta de ti.
Cala-te, Anjo, não sejas tão anjinho. Ele gosta é de companhia e da minha sala, aquele inútil.
Eu avisei-te, mas não me deste ouvidos. I hate to say I told you so.
Tu também podias manter essa boca fechada, Diabo.
Ainda se ele gostasse também do teu quarto...
Do quarto também gostava. E da cama, mas só para dormir.
(Uma gargalhada diabólica soou na sala)
Agora a tua crueldade está a tornar-se devassa.
Só dizes disparates, Anjo. E já te disse para desligares essa coisa.
Espera um minuto. Deixa-me ajudar este pacóvio a passar de nível e salvar o jogo.
Salvar o jogo? Salvar o jogo? Acho que é desta que nem o jogo, nem a Play Station se salvam. Vão já para o lixo.
E pões em que caixote da reciclagem?
Anjo, estás a esticar a corda. Olha que ela não está nos seus dias.
Só perguntei porque achei importante.
(Um suspiro angelical ouviu-se na sala)
Quero-vos daqui para fora. Agora! Quero paz. Esta é a minha casa, caramba!
És mesmo parvo, Anjo. Estás a ver o que arranjaste?
Agora a culpa é minha?
É sempre tua, pá. Se ela me tivesse dado ouvidos a esta hora estava nos braços do Patrick e nós podíamos estar a jogar.
O Patrick? esse cafageste que lhe fez a vida negra?
Antes a dela que a nossa.
Não, Diabo. Não contes comigo para essas diabruras. Eu não sou assim. Ou já te esqueceste que sou o Anjo? A minha missão é mantê-la longe das trevas.
Que é para onde vais, não tarda.
Não saberia lá viver, Diabo.
Eu ensino-te, não te preocupes.
Ainda estão na conversa? não vos disse para se porem a andar?
Lá fora está frio e está a chover.
(Em uníssono)
Quero lá eu saber disso para alguma coisa. Rua!
(Bater de porta da entrada)
Safa, estava a ver que não me via livre daqueles dois.
(Corpo atirado para o sofá, pés descalços em cima da mesa e olhar indeciso no telemóvel)
Patrick? Olá. Queres vir jogar Play Station cá a casa?
(Sorriso maroto no rosto)
Play Station? Tu compraste uma Play Station?
Não, foi um Anjo que a cá deixou.

23.2.09

Porque hoje é segunda-feira.

As minhas actrizes favoritas:

Kate Winslet

20.2.09

Bom fim-de-semana.

Foto Ricard

18.2.09

Sem o glamour da metafísica poética.

Pôr um saco ao ombro. Pôr um saco ao ombro divide-nos e deixa-nos pensativos enquanto procuramos, não um significado, mas que sensações pairam no nosso íntimo. Um saco de quê? de batatas? de cimento? Para fazer o quê? Que histórias de vida, angústias e agruras nos fazem adivinhar esse saco ao ombro? Desanuvia-se o espírito quando se descobre que não é essa a pergunta que nos faz sorrir mas sim "um saco para ir onde"? Para ir, para não ficar no mesmo lugar, para partir, para descobrir.

Nakata pôs o saco ao ombro e seguiu.

Em Kafka à Beira Mar, de Haruki Murakami, Nakata seguiu um cão que, mal ele se ergueu, começou a afastar-se lentamente. Sem o glamour da metafísica poética com que nos brinda o Privilégio dos Caminhos, mas respondendo ao amável convite da Júlia, transcrevendo a 6ª frase, e escrevendo sobre ela, da página 161 do livro mais próximo, que por sorte, ou azar, não era do Calvin.

17.2.09

Cada um com as suas (seis) manias.

A Teresa Ribeiro cometeu um delito e fundamentou a sua opinião através de um post amigo do ambiente. E, há que tirar-lhe o chapéu, ainda fez humor ao acorrentar uns quantos inocentes, nos quais me incluo. O tema é vago e, nas suas palavras, reciclável. Fui gentilmente convidado (ou acorrentado?) a confessar seis particularidades minhas. Caberá na cabeça de alguém declinar tão amável convite? Na minha não, por isso aqui vai.

Sou incapaz de sair do banho diário matinal sem tomar um duche de água fria. Não, não é morna, é com a torneira totalmente no frio. Isso acontece nos 365 dias do ano. Sem isso fico com a sensação que não tomei banho.

Mantendo-me na divisão menos nobre da casa, acrescento a segunda particularidade: escovar os dentes (sim continuo a dizê-lo como se diz no Brasil, fruto de alguns anos de vivência em São Paulo), dizia eu, escovar os dentes só com água fria, senão fico com a mesma sensação, i.e., que não os escovei.

Quando chego a casa a primeira coisa que faço é descalçar-me. Felizmente fui abençoado já que não há cheiros desagradáveis.

Quando acordo abro a janela do meu quarto, nem que seja uma fresta, faça a temperatura que fizer lá fora. E deixo-a aberta durante todo o dia. Nem se atrevam a fechá-la. De seguida abro os estores todos da casa. Luz, preciso de luz.

Só gosto de manteiga rija (talvez por isso evite torradas).

Detesto levantar-me e ver a cozinha por arrumar ou cinzeiros (nem que seja um e apenas com um cigarro) por despejar. Prefiro deitar-me fora de horas e deixar a cozinha arrumada.

Eram são seis, não eram? Há muitas mais particularidades mas não é suposto dizê-las. Não é suposto? Então vou quebrar a regra e acrescentar só mais uma: só consigo ler ou escrever em silêncio. Nem música suave e com o volume no mínimo.

E como para reciclar conteúdo basta seguir a corrente, aqui vai ela: Leonor Barros, Sum, L. Rodrigues, Luísa, Júlia e Helder Robalo.

16.2.09

Porque hoje é segunda-feira.

As minhas actrizes favoritas:

Nicole Kidman

14.2.09

Desconversa de homens em véspera do tal dia.

Cheguei tarde, não fui capaz de evitar. Esperava-me no páteo, na companhia de outros dois companheiros, pelos vistos ainda com menos sorte que ele. Em dias de natação, como o de hoje, recebe-me com um ar estafado, mas o sorriso aberto continua lá no rosto de menino, quer dizer, de homenzinho. E nem mesmo o cansaço o impede da corrida aos tropeções em que faço de meta. Trazia um coração de cartão na mãos.

Uau, que coração tão bonito. Foste tu que fizeste?
Sim.
Está muito giro.
É para o dia dos namorados, pai.
Ah...
E vais dar à mãe?
Ó pai, a mãe não é a minha namorada.
Pois... então é para quem?
Para Maggy, pai. Fiz esta tarde para lhe entregar amanhã.
(Ele ainda se baralha com os amanhãs, ontens e por aí adiante).
Na segunda-feira, é isso?
Sim, quando voltar para a escola.
Ela vai gostar muito deste coração.
Eu também acho. Olha, quando chegar a casa posso ir para o teu computador?
Para jogares o Panda?
Sim. E dizes logo à mana que sou eu a ir para lá.
Ok, eu digo.
Porque é que ela não traz o computador dela para tua casa?
Porque se esquece.
Aquela miúda esquece-se de tudo.
!!!!! (gargalhada)

Em silêncio até casa. Achei que devia respeitar o silêncio dele, que adivinhava um pensamento absorvido na sua Maggy. Pudera, ela esta manhã, mal entrámos na sala, perguntou-lhe, sim que eu bem ouvi enquanto me afastava, se ele lhe tinha trazido a prenda do dia dos namorados. E ele de mãos a abanar. Isto está bonito...

11.2.09

Conversa de homens.

Ontem eu e o mais novo tivemos uma conversa quase de homens. Ia escrever rapazes mas como ele ainda não é e eu já não sou, é melhor assim. No trajecto da escolinha para casa disse-me que ia casar. Achei estranho mas não dei parte de fraco, até porque me disse num tom que me pareceu sério, do alto dos seus quatro anos. Olhei pelo espelho retrovisor e arrisquei uma pergunta para manter o que imaginei ser o início de um diálogo e não apenas um devaneio próprio da mocidade.

Mas sabes com quem vais casar?
Com a Maggy.
A Maggy, tua professora?
Sim.
Mas ela já é mais velha, achas que vai querer casar contigo?
Vai, pai.
E como sabes?
Disse-lhe que ela é muito bonita e que eu queria casar com ela.
E ela?
Disse que sim.

Chegados a casa entregou-me um convite para uma festa de anos num envelope cor de rosa. Decididamente a conversa de homens ainda ia a meio.

Olha lá, quem é a Manu?
Agora não, pai. Estou a ver o Panda.
???
E estou cansado. Posso comer guloseimas enquanto vejo televisão?
Podes, só duas, mas meu menino vamos lá conversar. Quem é a Manu?
Uma amiguinha da pré. Não conheces.
Conheço sim. É aquela menina loira de cabelos aos caracóis.
Sim, essa.
E gostas dela? (perguntei num tom de voz sumido)
Gosto, claro.
E queres ir à festa de aniversário dela?
Siiiiim. (resposta entediada)
A minha intuição segredou-me que seria melhor deitar mãos à obra, ou melhor, ao jantar, e que a conversa de quase homens tinha passado, por vontade do mais novo, a quase conversa de homens. É que, por momentos, achei que me estava a meter onde não era chamado, ou seja, na vida de um homem.

9.2.09

Porque hoje é segunda-feira.

As minhas actrizes favoritas:

Ava Gardner

8.2.09

Desapointing road.

As expectativas eram grandes e é fácil perceber-se porquê. O dia amanhecera ensolarado e a temperatura do ar era amena. Adivinhava-se um autódromo só para mim, com uma pista inteiramente livre para que pudesse deliciar-me, em segurança, ao volante de um carro de competição, potente e veloz. Previam-se cerca de duas horas perfeitas. O briefing técnico, quer sobre o traçado da pista, quer acerca de como tripular o bólido, fora claro, paciente e de um rigor supremo. Pensei, enquanto apertava o capacete e antes de entrar no cockpit, que a pista, apesar de ser selectiva em alguns sectores, jamais se aproximava do traçado de circuitos como Spa Francorchamps, Silverstone, Interlagos ou Mónaco. As expectativas eram enormes. Estava ali tudo sob os meus olhos. Muita potência, um generoso binário, a mais recente tecnologia, sistemas de segurança avançados, travões sobredotados, etc. Tudo reunido para que os 120 minutos seguintes fossem perfeitos. Duas horas depois não consegui evitar o desapontamento e a decepção que me acompanharam no regresso a casa. Sentia-me como tendo estado a pilotar um carro concebido e preparado para ultrapassar com à-vontade e segurança os 300 km/h, mas limitado aos 180 km/h. Como se tivesse acabado de ver o Revolutionary Road de Sam Mendes. A história é intensa, envolvente e dramática, a adaptação para cinema é sólida, o talento é descarregado sobre nós em catadupa, pelas interpretações dos actores principais e secundários, mesmo com papéis menores. Está lá tudo para que pudesse desfrutar do máximo, para que saísse da sala a venerar o filme, mas esqueci-me de quem o dirige. Sam Mendes é um bom realizador, com provas dadas em American Beauty e Road To Perdition. E bons realizadores, por vezes, não conseguem mais do que bons filmes, apesar de terem tudo ao seu dispor e alcance para nos entregarem excelentes filmes.

5.2.09

Bom fim-de-semana.

As mulheres, o Diabo e o Anjo. (III)

Acordou sobressaltada e olhou, com os olhos semi-cerrados para o despertador pousado na mesa de cabeceira, constatando a hora tardia. Com os vodkas da noite anterior esquecera-se de ligar o despertador. Assumiu que o atraso não era recuperável por isso não valia a pena correr. Vestiu o roupão e dirigiu-se à cozinha. Um guronsan é remédio santo, e devia ter tomado um ontem, pensou. Tropeçou numa garrafa de vodka, atirando-a contra a parede com estrondo, quase partindo-a. O Anjo abriu um olho a custo e voltou a fechá-lo, escondendo a cara com vergonha, sem antes lhe desejar um bom dia com uma voz rouca. Estava num estado lastimável, com uma asa para cada lado e olheiras até aos joelhos. Ela nem queria acreditar no estado em que a sala estava. Garrafas espalhadas pelo chão, cheiro a tabaco e cinzeiros a transbordar de beatas e de restos de outros cigarros ilícitos. O seu desabafo contém impropérios que não me atrevo a escrever. O Anjo, com esforço, ainda lhe conseguiu dizer que não tinha fumado. O Diabo resmungou. Podem fazer menos barulho? haja respeito por quem descansa, caramba. Ela nem hesitou e atirou-lhe com a água destinada ao guronsan. Mais impropérios indescritíveis, desta vez de um Diabo estupefacto de cor vermelha e azulada do frio. Ela encolheu os ombros, não tardava chegaria a empregada e aqueles dois haviam de se ver com ela. Depois de um duche demorado, a toilete matinal enquanto pensava o que vestir. Decidiu-se por um tailleur Prada de saia curta e cor vermelha. Volta à sala, fazendo-se notar com os saltos altos dos sapatos. O Anjo abriu os olhos e resmungou – não tinhas uma saia que te tapasse mais as pernas? Ela nem olhou para ele, ignorando a observação. O Diabo sorriu e, com um assobio desafinado, manifestou a sua aprovação. Estás de arrasar – disse entre dentes e voltando à sua cor original. Só acho que esse decote não valoriza o teu belo peito – definitivamente o Diabo estava a recompôr-se. O Anjo tentou levantar-se para fazer valer a virtude, mas foi em vão. Ela continuou a caminhar em direcção à porta, ignorando a desaprovação de um e os elogios de outro. Estava farta daqueles dois. Um não conseguia deixar de ser anjinho por umas horas e o outro era incapaz de ser mais do que diabinho, nem que fosse por uns momentos. E os minutos a passar. Bateu com a porta, meteu-se no elevador e olhou-se ao espelho. Antes de sair no piso térreo, mirou o espelho pela última vez e, num acto de cumplicidade, usou o dedo indicador da mão direita para afrouxar a ponta do decote da blusa, deixando antever um pouco mais do seu peito firme de pele clara. Maldito Diabo!, pensou sem evitar um sorriso travesso.

2.2.09

Porque hoje é segunda-feira.


As minhas actrizes favoritas:

Meryl Streep

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