Pôr um saco ao ombro. Pôr um saco ao ombro divide-nos e deixa-nos pensativos enquanto procuramos, não um significado, mas que sensações pairam no nosso íntimo. Um saco de quê? de batatas? de cimento? Para fazer o quê? Que histórias de vida, angústias e agruras nos fazem adivinhar esse saco ao ombro? Desanuvia-se o espírito quando se descobre que não é essa a pergunta que nos faz sorrir mas sim "um saco para ir onde"? Para ir, para não ficar no mesmo lugar, para partir, para descobrir.
Nakata pôs o saco ao ombro e seguiu.
Em Kafka à Beira Mar, de Haruki Murakami, Nakata seguiu um cão que, mal ele se ergueu, começou a afastar-se lentamente. Sem o glamour da metafísica poética com que nos brinda o Privilégio dos Caminhos, mas respondendo ao amável convite da Júlia, transcrevendo a 6ª frase, e escrevendo sobre ela, da página 161 do livro mais próximo, que por sorte, ou azar, não era do Calvin.
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14 comentários:
lol... dão-lhe desafios deveras sinistros Mike...lol... se me fizessem tinham para aqui um artigo do Código Civil...lol
beijinho
Ai, Mike... lê-lo arrepia-me (duches frios? janelas abertas logo de manhã???)
Já li todos dele. Giros, hum?
Permita-me discordar, Lady Bird. Tenho tido a felicidade de me lançarem desafios gratificantes e prazeirosos. Este é um bom exmplo. :)
Pois... não sou perfeito, Margarida. Eu sei, eu sei. :)
Este é o primeiro que leio dele. E estou a gostar. :D
também gostei, Mike. Um homem com um saco é sempre um mistério , dá a impressão carregar nele a vida inteira.
Obrigada por ter aceite a corrente mais linda da blogosfera!
Ora Júlia, foi um prazer. Eu é que agradeço o convite. :)
:-)
(ainda meditando sobre o teor do post lá de baixo - risos -, e a pensar que à noite vou transcrever a linha da pág. do livro que estou a ler...)
Mas tem razão, Mike. Ora desconversemos: o que é isso de pôr um saco ao ombro? Ombro, sei o que é. E saco? Um saco de batatas ou de farinha? Ou o «saco» de uma cabeça queixosa ou choramingas, a que oferecemos ingenuamente o ombro? Ou o «saco» de um projecto exigente, a que temos de meter ombros? Ou o «saco» de uma nova e aborrecida responsabilidade, que temos de carregar aos ombros? Ou o saco das agruras da vida, que pesa como o mundo e nos verga os ombros? Enfim, Mike, ombros, só temos o nosso par deles. Mas sacos, há muitos! ;-D
Fugidia, e eu ficando a meditar sobre que livro está a ler e que página será essa... :)
Luísa, ombros temos o nosso par deles e os outros que nos quiserem oferecer. ;)
Sacos... bem, sacos há realmente muitos. :)
Claro Mike, mas que são sinistros são...lol...olhe que blogue é o de Teresa Ribeiro? lol... não há links nesta casa? lol
beijinho
Nesta casa desconversa-se, Lady Birds. O que são links? (risota)
A Teresa Ribeiro encontra-a no Corta Fitas e no Delito de Opinião (ultimamente eu vou mais aqui).
Mike, sabe o que me fez lembrar? A mochilas com pesos desiguais que ninguém quer carregar.
Puxa vida...:)
Ninguém quer carregar mas há sempre alguém que as carregue, não é, GJ? ;)
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