30.12.09

O que é nacional é bom (XXIII).

Começaram na outra banda no início dos anos 90, com um projecto 100% em inglês e numa onda experimentalista. Esgotaram os Coliseus de Lisboa e Porto, o Pavilhão Atlântico e o Olympia de Paris. Foram-lhes atribuídos 2 Globos de Ouro, tocaram com o maestro Rui Massena num concerto memorável onde se presenciou uma brilhante fusão de hip hop e música clássica, fizeram-se acompanhar pela Orquestra Sinfónica de Praga e com Atiba The Dappa. Têm 9 albuns editados e foram coroados em Roma no MTV Europe Music Awards. Os De Weasel são nacionais e são bons.

28.12.09

Um presente de Natal muito especial: nós.

Como se aquela mão aveludada, de pele macia e suave, tivesse tomado a minha, inesperadamente. E na surpresa de um encontro, como se do primeiro se tratasse, o tempo tivesse parado e nada mais existisse. Só nós. Nós e a cumplicidade de um sorriso que desejamos inocentemente acreditar pertencer-nos. Nós e os passos dados, lado a lado, por um caminho que os dedos inquietos das mãos nuas parecem tactear subtilmente, na tentativa de perpetuar cada momento de felicidade vivida, como que segredando entre eles o que os olhares confirmam, o que os corações sussurram e os corpos desejam. Nós.

Apenas nós e a natureza que rodeia o convento erguido, numa encosta da Serra d’Ossa por monges eremitas, no século XII, em homenagem a São Paulo.

24.12.09

Uma história mais, para mais tarde contar.

Gosto pouco de deambular pelo passado, apesar de não ter queixas de grande monta ou muitas marcas de agruras remotas. Não gosto mais de me perder em perspectivas de um futuro que é, para todos, cada vez mais incerto e onde as bolas de cristal dos tempos dos nossos pais se revelavam bem mais fiáveis. Gosto mais do presente, com dias maus, dias bons, mas um dia após o outro. Contudo, hoje dei por mim a olhar para o futuro, não o meu, mas o da minha mais velha que vive noutro continente, nas antípodas, onde os meridianos fazem com que a vida dela aconteça dez horas antes da minha, exigindo uma gestão dos telefonemas com atenção redobrada. Uma da tarde aqui, onze da noite lá. Foi assim, hoje, dia 24 de Dezembro, véspera de Natal. Estava na paragem do autocarro, depois de ter terminado a labuta diária no restaurante onde trabalha a servir às mesas, para pagar o mestrado. Estava à espera do autocarro que a levaria à casa que partilha com outros jovens estudantes e onde a esperava a ceia deste Natal que, dizia ela, seria passado a bordo do bus. Rimo-nos, divirtimo-nos ao telefone e concordámos, antes de nos despedirmos, que ela teria mais uma história para mais tarde contar, a futuros herdeiros. Nesta quadra natalícia as histórias do passado que nos contavam eram algo diferentes das que contamos agora aos nossos filhos e hoje um telefonema colocou os meus pensamentos num futuro onde apenas consigo imaginar que as histórias contadas por esta nova geração serão, forçosamente, diferentes. Mas rapidamente voltei ao presente, concluindo que talvez não seja tanto assim. Talvez seja apenas mais uma história que só a mim diz respeito, sem que haja lugar a generalizações. Consequências, apenas e também, de uma educação e mentalidade que faz com haja uma história diferente a mais para contar.

22.12.09

13.12.09

Falta de tempo e falta de paciência...


... não ligam lá muito bem com blogar, por isso quando pelo menos uma delas não faltar, voltarei.
Entretanto andarei por aqui e por ali.

6.12.09

Água das Pedras para digerir.

A propósito de um post da Ana Vidal, a Teresa Ribeiro lembrou-se da declaração de amor mais arrebatadora que ouviu na vida, confessando que não fora a feliz contemplada e acrescentando que também não a tinha lido em livro ou visto em filme. Fora-lhe revelada por uma amiga muito chegada que, num assomo de indiscrição (crendo a Teresa que só acontece entre mulheres) lhe fez a inconfidência. A propósito da tal declaração arrebatadora - "Nunca tenhas medo de envelhecer. Amo cada uma das rugas que tens e sei que amarei as que vais ter. Sempre". – comentei, no Delito de Opinião, o seguinte: “Ó Teresa, este sabia-a toda, o pirata. Resta saber quando foi que fez essa declaração de amor. Teria a sua amiga 25 anos? Se calhar vou ter que engolir estas palavras porque ele continua a declarar-se passados muitos anos”. Comentário que deu origem à seguinte resposta da Teresa: “Ainda bem que levanta a questão, Mike, porque dá-me oportunidade de a contextualizar: trata-se de uma mulher de meia idade que por questões de saúde envelheceu muito mal. Era muito bonita e jovem quando ele se apaixonou por ela, há cerca de vinte anos. Mas esta declaração ele fê-la muito recentemente. E agora, Mike digira lá esta (recomendo, no mínimo, meia dúzia de águas das pedras)”.

Face a isto, pouco mais me resta senão entregar-me à digestão, seguindo a recomendação da Teresa. E já agora, porque estamos a falar em digerir, acrescentar a tanta água das pedras, um pouco de whisky. Afinal, se tenho que engolir as palavras, que o faça com chá (da Escócia, que é o único de que gosto).

4.12.09

Há que verificar sempre os TPC’s dos filhos.

Prezada Professora Emília,
Eu gostaria de deixar bem claro que não sou, nem nunca fui, uma "dançarina exótica". Eu trabalho numa loja de ferramentas e contei à minha filha o quanto a última semana foi tumultuada, antes do nevão que se previa. Nós vendemos todas as pás de que tínhamos. Todas, menos uma, que estava no depósito e que foi alvo de disputa entre os clientes. Portanto, o desenho que minha filha fez não me mostra dançando em torno de um varão. Mostra-me a vender a última pá que tínhamos na loja. Doravante, lembrar-me-ei de verificar semre os trabalhos de casa de Inglês da Maria com mais cuidado.

Atenciosamente,
Carolina Rodrigues

Bom fim-de-semana.


3.12.09

O que é nacional é bom. (XXII)

Medalha de Prata nos Jogos Olímpicos, três vezes campeã do mundo e cinco vezes campeã da Europa. Num corpo franzino mas musculado habita uma menina de forte carácter e excelência competitiva. Vanessa Fernandes não brinca em serviço, é humilde mas as adversárias habituaram-se a respeitá-la. É portuguesa e é muito boa.

1.12.09

O lançamento da reinterpretação do lendário “asas de gaivota” está prevista para a Primavera de 2010. Candidatos?...

Haverá muitos concerteza e eu, infelizmente, não serei um deles. Desenvolvido pela AMG (empresa detida pelo Grupo Daymler Chrysler), com uma carroçaria com estrutura de alumínio e uma alma generosa que nos oferece 571 cavalos de potência e 650 Nm de binário, por “culpa” do motor V8 de 6.3 litros de cilindrada. Com requintes de malvadez inspirados na tecnologia utilizada na Fórmula 1 e no DTM, não deixa as performances por motores alheios: 317 km/h, acelerando dos 0 aos 100 km/h em 3.8 segundos. O SLS AMG é seguro, confortável, com uma construção irrepreensível e, acima de tudo, é um Mercedes e é belo.

Arquivo do blog