Comandante da GNR - Brigada de Trânsito do Comando Distrital de Lisboa,
O seu Oficial de Operações é um incompetente. Devia demiti-lo e aconselho-o a não fazer uma manobra de diversão, nomeando-o, por exemplo, Oficial de Logística ou de “outra coisa qualquer”. A incompetência revelada na tarde de hoje em Lisboa, quer no que diz respeito ao planeamento da operação, quer relativamente à execução da mesma no terreno é reveladora disso mesmo – incompetência, e não de um fatídico imponderável. Fui militar e sei do que estou a falar. Nos dias que correm sou menos defensor da máxima “não há bons nem maus soldados, há é bons e maus comandantes”, mas continuo a preconizá-la em situações como a que hoje ocorreu.
Dificilmente admitirei que o evento que teve lugar esta tarde – cidadãos a correr e a pedalar pelas ruas de Lisboa, tenha sido criado de uma forma espontânea. Também não estou disposto a admitir que se tratou de uma distracção minha face a avisos que, eventualmente, tenham sido feitos aos Lisboetas, porque éramos às centenas. Ruas fechadas, trânsito caótico, sinalização inexistente, crianças em automóveis durante mais de uma hora em percursos que levam dez minutos a fazer, e por aí adiante.
Dir-me-à o Senhor que não é da competência da GNR BT fazer avisos à população, ao que lhe responderei não é disso que se trata, nem é disso que estou a falar. Sem me alongar muito deixo-o com uma pergunta: se uma rua está cortada num determinado local, onde dois carros da BT se encontram estacionados e quatro agentes permanecem numa alegre cavaqueira, porque não desviar um ou dois deles trezentos metros antes de forma a evitar a confusão? Parece fácil, não? Apenas um pouco de bom senso, certo? Não tem resposta? Calculava que sim. Concorda comigo? Também sou a levado a crer que sim. A seguir concluirá, como eu e outras centenas de automobilistas, que a operação foi mal preparada e a execução no terreno foi absolutamente ineficaz e de uma inoperância atroz. É simples, Senhor Comandante: demita o seu Oficial de Operações. Estará a prestar um bom serviço à Corporação, um serviço exemplar à população, a zelar pela imagem da Brigada de Trânsito e, provavelmente, ao substituí-lo por um Oficial mais capaz, a contribuir para se evitarem, de futuro, situações como a que hoje ocorreu.
Sem outro assunto de momento e grato pela sua especial atenção, subscrevo-me atenciosamente.
Com os melhores cumprimentos.
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