9.5.08
Rua Barão de Capanema, São Paulo, Brasil.
O restaurante está localizado num dos melhores bairros de São Paulo, para alguns o mais chic, e posiciona-se claramente. D.O.M., gastronomia brasileira. Alex Atala é um jovem chef, de uma simpatia e educação elogiáveis, com uma reputação que ultrapassa as fronteiras brasileiras e cuja formação e experiência foi adquirida na Europa. A exigência e o rigor do chef Atala é também patente no requinte do ambiente, da autoria do arquitecto Ruy Ohtake e do paisagista Gilberto Elkis, recriando o modernismo clássico, sem dispensar os linhos, pratas, madeira e cristais. Nada, mas mesmo nada, foi deixado ao acaso. As paredes coloridas transformaram-se na identidade visual do D.O.M., um espaço amplo e simultaneamente intimista, onde os cerca de sete metros de altura e a luminosidade da sala principal nos deixam impressionados. A cozinha? A cozinha é criativa e fiel ao posicionamento do restaurante, num tributo a antigos e novos ingredientes e sabores, pesquisados pelo próprio Alex Atala nas viagens que fez pelo Brasil, numa busca incessante pelo que há de melhor no seu país em matéria gastronómica e num compromisso pela valorização da cozinha brasileira. Feito este interlúdio, vamos à refeição. Foie gras com crocante de arroz selvagem e sorvete, ou vieiras marinadas com leite de côco, pimenta de cheiro e crocante de manga com Castanha-do-Pará. Estas são apenas duas das muitas entradas. O acompanhamento? Veuve-Clicquot. Precisarei de descrever os pratos principais e as sobremesas? Seguirei directamente para o vinho, tinto, claro. Uma reserva privada chilena, Don Melchor. Também os há, e muito bons, brancos. Tudo é bom no D.O.M., uma sigla que vem do latim Deo Optimo Maximo (Deus é óptimo e máximo, óptimo na sabedoria e máximo na bondade). A vertente criativa de Alex Atala levou-o a substituir a palavra Deo por Domus. E é o que o D.O.M. é. Uma casa moderna, de prestígio e de referência, pelo seu requinte, charme e cozinha superior, que figura no S. Pellegrino World’s 50 Best Restaurants. Uma paragem obrigatória para quem visita a maior metrópole da América do Sul. Noblesse oblige.
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9 comentários:
Hum...
peço-lhe, suplico-lhe, caro Mike: se ganhar o concurso não me peça o almoço aqui... tenho duas sementinhas para criar :-(
A não ser, claro, que pague a viagem de ida e volta :-)))
P. S. Em boa hora vim aqui ao seu cantinho e li este post: é que a seguir fui a correr colocar uma adenda ao meu post do concurso :-p
(lol lol lol ou, se preferir, rsss rsss rsss)
:-)
(risos).
fugidia, acabei de lhe prestar um bom serviço (mais risos). Hei-de lá ir espreitar para confirmar quão restrita e "blindada" é essa adenda. ;)
Mike
Adoro comer e... cozinhar. Fico sempre de pé atrás com estas gastronomias modernas, requintadíssimas não duvido, de mistura criativa de sabores aparentemente desconexos, de que fujo, pois não me agrada a 'promiscuidade' do doce com o salgado.
Apesar da sua descrição ser tentadora e da fotografia ser reveladora de um espaço bem cuidado e convidativo, fico-me pelos Isaías e Poleiro's deste nosso canto, tantos que por aí há, graças a Deus e à ASAE enquanto os não fechar ou obrigar a mudar a personalidade.
A propósito: conhece o Nariz de Vinho Tinto (Lisboa)?
Um abraço
Vou agora para o Alentejo para uma almoçarada bem portuguesa, com todos os matadores. Adoro a cozinha portuguesa (e, como o Pedro, também cozinhar é um dos meus hobbies), mas não viro as costas a estas ementas experimentais. Pelo contrário, já tenho provado verdadeiras pérolas gastronómicas saídas das mentes criativas destes novos pantagrueis. E o pormenor do acompanhamento a Veuve-Clicquot, matou-me! Óptimo... não conheço São Paulo, mas está visto que tenho que lá ir.
Bom fim de semana, Mike.
Fugidia, mas que insegurança é essa? Duvida da nossa vitória no trielo? Ora essa... (lol)
beijinhos
Pois eu, caro Pedro, adoro comer e não sei cozinhar, a não ser os pratos mais simples que as crianças gostam (e faço-o por obrigação). Tal como o Pedro, também tenho uma certa relutância em misturar o salgado com o doce. Aliás, de preferência nem me falem de doce, que eu fico-me pelo salgado, muito obrigado. Talvez não seja tão fundamentalista e acredite, o D.O.M. é um restaurante e pêras! Sabe bem lá estar. E se estiver num dia experimentalista... :)
Não conheço o Nariz de Vinho Tinto mas vou conhecê-lo porque a essa sua pergunta, acrescentei mentalmente "então não sabes o que perdes, Mike". Obrigado pela sugestão.
Abraço.
Boa almoçarada, Ana.
Algo me diz, sem ter a certeza, que a Ana haveria de gostar muito do D.O.M. Do espaço, da atmosfera e até da cozinha. :)
Ana Vidal, o meu receio inicial não tem nada a ver com o "trielo": não tenho a mínima dúvida que venceremos :-)))
É por causa de um concurso no esconderijo :-)
Mike, não muito blindado; só um bocadinho... Mas depois de o ler comecei a pensar... infelizmente não tenho agora tempo para mais alterações :-p
Beijos para os dois.
Ok, amiga Fugidia, já percebi. A confusão foi minha.
Quanto ao D.O.M também acho que seria muito o meu género, Mike. Talvez um dia, quem sabe?
Ana
PS: Não sei porquê, agora não consigo comentar com o link no meu nome. tenho que ver o que se passa.
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