17.5.08
Fazer o que gostamos?
Tenho ouvido muitas pessoas, durante a minha vida, que já não é assim tão curta, falar sobre o fazer e o que gostamos de fazer. Provavelmente, e no passado, devo ter escutado a minha própria voz a proferir essa frase. Na vida devemos fazer o que gostamos, só assim seremos felizes. Questiono-me quão errada e deficiente é essa postura, quiçá causadora de frustrações, complexos pessoais e desmotivações profissionais. O exercício não é fácil mas creio ser mais compensador. Hoje não acredito nessa frase, se bem que haja uns quantos afortunados que fazem o que gostam e até são muito bem pagos para o fazer. Mas essa não é a realidade. Se assim fosse todos seríamos médicos, engenheiros, tenistas, economistas, arquitectos, astronautas ou advogados. Na vida devíamos aprender a gostar daquilo que fazemos. É fácil? Não creio, mas como disse, é bem mais saudável.
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15 comentários:
Num País com as características do Nosso, quero crer que o cenário idílico seria o Nada remunerado...
O remédio que aponta está certíssimo, mas para não perder de vista o sonho, pode ser complementado com um grão de fantasia que gere sucedâneos. Por exemplo, um astronauta frustrado pode tirar um bocadinho para andar no mundo da Lua...
Abraço, Caro Mike
Ora nem mais, Mike! Aprender a gostar do que fazemos - ou a tirar partido daquilo que temos mesmo que fazer - é o grande segredo da vida. É verdade que tenho tido a sorte de fazer quase sempre coisas de que gosto, profissionalmente, mas como é evidente já tive também que fazer muitas que não escolheria. Mas sempre procurei que elas me desafiassem de alguma maneira, em vez de me sentir infeliz. Nada mais perigoso e mais ilusório do que acharmos que temos uma espécie de direito adquirido a uma felicidade permanente, e ainda por cima que não temos que fazer nada para merecê-la. É por isso que há por aí tantos Calimeros!
Assertivo foi há pouco, assertivo continua agora. Pode parecer estranho e sem o mais pequeno grão de fantasia, mas ao país faz mais falta um separador de lixo competente e dedicado à sua profissão, que um astronauta frustrado a andar no mundo da lua.
Abraço retribuído, Caro Réprobo.
Ana, por momentos, ao lê-la, pensei que era uma tenista afamada... :)
E tem toda a razão. Há para aí muito Calimero.
:-)
Eu quis ser astronauta (inserir cara corada) e choraminguei quando tive de optar por outras coisas ("aguentei-me" até à opção de áreas no 10.º ano - risos).
Hoje estou convencida de que serei a primeira pessoa da minha profissão a ser enviada para a Lua ou para um qualquer planeta, quando se iniciar a povoação dos mesmos (gargalhada).
Creio que é um bom exemplo do tal grão de fantasia...
:-)))
Porque é que está convencida disso? Ah, também quer andar no mundo da lua... (risota).
Ups, este exemplo de vários grãos de fantasia vai-me custar caro... :) :)
Eu também quis ser astronauta, tem graça. Mas ainda antes disso, queria ir para o circo! E, como era uma maria-rapaz e vivia no campo, fazia trapézios nas árvores lá de casa, treinava piruetas em cima de bicicletas e montava a cavalo (bem, por acaso). Se alguma destas habilidades fizerem falta na Lua, acho que ainda dou um jeito...
;)
Mike, uma tenista afamada... moi???
Caro Réprobo, acho que estas duas meninas trocaram de presentes no Natal... (risos). Ana e Fugidia, o presente do Adão era o que estava embrulhado num papel azul. (mais risos)
(ainda mais risos)
Somos daltónicas, Mike...
;)
Só agora reparei que aquela da fotografia sou eu, no meu paraíso! Afinal alguém me descobriu lá...
Ana, (muitos risos), eu é que sou daltónico (e não é que sou um bocado, mesmo?). :)
e sobre tenistas daltonicos...sera que veem a bola em rouge?....
mas isso nao vem ao acaso, um pouco de pensamento selectivo eh a minha strategy...
ha dias em que bem....aqueles dias sabes?...que nao eh so o que fazes, eh tambem o que ehs devido ao que fazes que nem vale a pena lembrar, sem arrependimentos, mas melhor manter a memoria no seu lugar, no passado.
Ha outros em que, eh isto mesmo!...porque eh que nao pode ser sempre assim?...porque a felicidade eh um balanco, e quando o balanco mais parece um super-petroleiro em vagas de 18 metros no meio de icebergs...(tao certo de acontencer como qualquer um dos comentadores is ah lua...) os des-balanco instala-se e eh ai que realmente comeco a pensar, e quem pensa muda - senao it's a waste of thought.
eh pedir aos anjinhas por um desastre, quase...uma situacao de crise que te tire da rotina.
Aconchego nunca fez ninguem mudar?...nao sei, sinceramente espero que sim mas a mim nunca aconteceu, eh na crise que tomei o que penso ser as melhors decisoes da minha...err...(gosto de pensar ainda) curta vida.
E nao depende do pais, nao ha paises perfeitos nem situacoes de trabalho perfeitas, nao existe perfeicao - mas quando a imagem se apresenta - quando a vejo forma-se atraves da lente - quando o tempo comeca a abrandar, quase que para antes do momento, quando esse momento convida a captura - quando primes o botao - quando sentes que o curso da cortina se perde em segundos e horas...ai sim, ai descobri a minha felicidade...ainda nao a tenho, a tempo inteiro, mas sei que existe - e isso...well, that really makes me happy.
Obrigado pelo texto, um bom comeco de Domingo ;-)
ciao!
j
Eu é que te agradeço, j.
E há ondas no mar à minha espera. :)
Abraço.
gostar do que se faz .. engraçado que foi objecto de uma reflexão parecida lá pelo meu diário .. :)
.. que se goste do que se faz Caro Mike .. e de vez em quando que nos permitamos fazer o que gostamos.
Pois foi, Miss Once, bem sei. :)
E que assim seja, como diz. :)
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