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30.5.08
29.5.08
Tarefas e preconceitos.
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28.5.08
Good luck Mr Gorsky.

26.5.08
Emigrar? Por enquanto não. Por enquanto...
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
Boa, isto começa bem. Mas se é uma dessas ilhas paradisíacas onde o número de tursitas é inversamente proporcional às oportunidades de trabalho, já olho de esguelha. Também gosto, claro, mas estou a falar de emigração e há para aqui umas quantas bocas para alimentar.
Calma, que o país é a Nova Zelândia.
Continua, a conversa já me está a agradar.
A principal cidade é Aukland, uma cidade moderna que se espraia ao longo de avenidas largas, parecendo que vão todas dar ao porto Waitemata, a meca da Vela.
Seguindo, que estou a gostar do que oiço. O mar por perto é música para os meus ouvidos.
Não percebeste, o mar não está perto, o mar entra pela cidade. Ou será ela que entra pelo mar?
Isso não interessa. Adiante.
Aukland é uma próspera metrópole que conjuga com harmonia a elegância e o kitsch, e onde os edifícios sofisticados da City convivem com bairros, todos eles preservados, que nos seduzem com o charme das suas casas de madeira de estilo colonial do século XIX.
Será um sorriso o que tenho no rosto? E as pessoas?
As pessoas são educadas, civilizadas, optimistas e alegres. Uma diversidade de gente que se integrou culturalmente na perfeição. Cerca de 60% são de origem europeia e mais de metade dessas pessoas são emigrantes.
Muito bem, se tantas se fixaram por lá, devem ter boas razões para isso.
Mas há mais, e mais importante. Os neozelandeses são o povo no mundo que mais admira e ama o seu país. Eles acham que não há país melhor à face da Terra.
A sério? tens aí um mapa? só por curiosidade e para ver onde fica Aukland.
Nas nossas antípodas.
An quê?
Antíp...
Ah deixa lá, já entendi. Isso é muito longe daqui, certo?
É! É do outro lado do mundo.
Mas olha que é um lado que me parece bem agradável. Achas que arranjava emprego a fazer o que sei fazer?
E fazes o quê?
Sou publicitário.
Pode até ser, mas é uma área muito competitiva. Falas inglês?
Falo e escrevo.
Mesmo assim.
Já percebi que seria complicado. Mas olha, eu já virei muito frango na vida, achas que se fizesse um estágio de aperfeiçoamento ali na Valenciana em Campolide e depois fosse para Aukland e abrisse um negócio de frangos me safava?
Eh pá, não sei, acho que sim. Os frangos dessa Valenciana são bons?
Bons? são uma delícia, não há frangos iguais, nem em Aukland, aposto.
Então safavas-te e se tivesses juízo e sentido empreendedor, e arranjasses um sócio, até poderias enriquecer, quer dizer, lá não há bilionários, mas podias vir a ser um homem rico.
Conheço um gajo que era capaz de alinhar. Diacho... Não vou emigrar para a Nova Zelândia... por enquanto. Não querem ver que este “por enquanto”, assim de repente, soou-me diferente?
25.5.08
Não me canso de Botero.
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23.5.08
Crónicas de uma viagem (VIII)
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Ódio.
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Equilíbrio. Uma coisa muito importante na vida.
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22.5.08
Amalfi, Capri e Sorrento.
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Àcerca de conversões.
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(Será que assim se dava o primeiro passo para a converter ao futebol? Pergunta alguém.)
21.5.08
Emigrar. Para onde?
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19.5.08
Duelo (II).
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Claro que gosto de Botero.
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Puerto Madero, Buenos Aires, Argentina.
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18.5.08
Viva o Sporting!
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Crónicas de uma viagem (VII)
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17.5.08
Fazer o que gostamos?
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Um acto de gestão?
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16.5.08
Notícias e publicidade.
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A marca que anuncia, e pagou pelo espaço publictário, a menos “culpada” neste triste episódio de pura infelicidade e desatenção, é, provavelmente, a mais penalizada aos olhos de leitores mais atentos, quer à leitura, quer à publicidade. Por momentos lembrei-me de outros casos igualmente infelizes em que o pivot de um noticiário, homem ou mulher, não interessa, não desfaziam o sorriso mesmo quando a notícia tomava proporções trágicas. Ser media, mesmo nestes casos que, porventura passarão despercebidos à maior parte das pessoas, também devia significar ser responsável. Já agora, não percebo porque tive que ir tão longe, até às páginas oitenta e oitenta e um, e não me fiquei pela capa. Um extraordinário exemplo do assunto aqui abordado. A capa, em formato de badana desdobrável, fala-nos da prostituição infantil no Brasil e retracta-a com imagens. O interior da badana, publicitária, claro, mostra-nos um anúncio glamoroso de um shopping, com uma loira espampanante dentro de um vestido vermelho. Mais cuidado, mais atenção, mais responsabilidade... mais visão? Era só isso que eu esperava. Ou devo andar a trabalhar demais.
Vou emigrar.
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15.5.08
Botero? Gosto e muito.
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14.5.08
Rua da Atalaia, Bairro Alto, Lisboa.
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13.5.08
Crónicas de uma viagem (VI).
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Desafios
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Racional, sociável, ponderado, calmo, optimista, práctico.
Em cada uma das palavras vejo defeitos e virtudes. E desengane-se quem vê o contrário.
E consta que devo passar este desafio a outras pessoas. Aqui vai a lista: José Sócrates, Manuela Ferreira Leite, Monica Belluci, Sharon Stone, Paulo Bento, Brad Pitt e a ti, Emmanuelle Béart, quero ver como te safas desta.
12.5.08
Os passos da integridade.
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À desconversa com Emmanuelle Béart.
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O continente africano. Quando lá estou sinto-me viva. Lá encontra-se dignidade e sabedoria, no meio de uma miséria horrível.
Estamos de acordo, Emmanuelle.
És uma rapariga da cidade ou do campo?
Não sou uma rapariga da cidade e nunca serei.
Ai, isto já esteve a correr melhor.
Gostas de cozinhar?
Não sei cozinhar mas sou uma grande anfitriã.
Eu também não. Ah, isto está a compor-se.
E do que é que não gostas mesmo?
De snobismo e racismo.
Eu também detesto. Lindo!
E a tua alimentação? Como é?
Não contém nenhuma carne, açúcar, comprimidos ou álcool, à excepção de bom vinho.
E tu a dares-lhe! É para me contrariar? Já estás a desconversar. Daqui a pouco também já fui teu fã, Emmanuelle.
Mas eu gosto de café, curto e forte.
Ah...
Mas sou fã de um estilo de vida macrobiótico.
Ora bolas, és uma chata e para além disso já te achei mais bonita! E eu que quando te olhava via sempre uma musa de Botero. Olha, não tens gracinha nenhuma sabias?
Ainda Botero. De quem gosto.
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Duelo (I).
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Este duelo é a três. Não lhe chamarei “trielo”, apenas e só, cara Ana, porque não gostei de ler a palavra escrita em título. Espero não ferir a sua susceptibilidade, pedindo antecipadamente as minhas desculpas e a sua compreensão.
Tal como Trajano celebrou a sua vitória em Dácia num Coliseu com cerca de 10.000 gladiadores e durante 123 dias, preparar-me-ei para desfrutar de uma vitória retumbante sobre duas respeitáveis adversárias. Para a História ficará o que todos sabemos já. Que senhora alguma conduz melhor que a malta! Gaudêncio, não estás vivo, senão seria a ti que encomendaria o projecto de um moderno Coliseu que fosse testemunha de uma vitória antecipada. Mas antes há que marcar a data, único ponto a que concedo a primazia da escolha às minhas adversárias. Local e arma são privilégios que me assistem e de que não abdicarei.
Faites vos jeux mesdames.
9.5.08
Rua Barão de Capanema, São Paulo, Brasil.
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8.5.08
Gosto de Botero. Pois gosto.
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7.5.08
Crónicas de uma viagem (V).
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(post antigo adaptado a Crónicas de uma viagem)
Minha Pátria é a Língua Portuguesa
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MANIFESTO
EM DEFESA DA LÍNGUA PORTUGUESA
CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO
EM DEFESA DA LÍNGUA PORTUGUESA
CONTRA O ACORDO ORTOGRÁFICO
(Ao abrigo do disposto nos Artigos n.os 52.º da Constituição da República Portuguesa, 247.º a 249.º do Regimento da Assembleia da República, 1.º n.º. 1, 2.º n.º 1, 4.º, 5.º, 6.º e seguintes da Lei que regula o exercício do Direito de Petição)
Ex.mo Senhor Presidente da República PortuguesaEx.mo Senhor Presidente da Assembleia da República PortuguesaEx.mo Senhor Primeiro-Ministro
1 – O uso oral e escrito da língua portuguesa degradou-se a um ponto de aviltamento inaceitável, porque fere irremediavelmente a nossa identidade multissecular e o riquíssimo legado civilizacional e histórico que recebemos e nos cumpre transmitir aos vindouros. Por culpa dos que a falam e escrevem, em particular os meios de comunicação social; mas ao Estado incumbem as maiores responsabilidades porque desagregou o sistema educacional, hoje sem qualidade, nomeadamente impondo programas da disciplina de Português nos graus básico e secundário sem valor científico nem pedagógico e desprezando o valor da História.
Se queremos um Portugal condigno no difícil mundo de hoje, impõe-se que para o seu desenvolvimento sob todos os aspectos se ponha termo a esta situação com a maior urgência e lucidez.
2 – A agravar esta situação, sob o falso pretexto pedagógico de que a simplificação e uniformização linguística favoreceriam o combate ao analfabetismo (o que é historicamente errado) e estreitariam os laços culturais (nada o demonstra), lançou-se o chamado Acordo Ortográfico, pretendendo impor uma reforma da maneira de escrever mal concebida, desconchavada, sem critério de rigor, e nas suas prescrições atentatória da essência da língua e do nosso modelo de cultura. Reforma não só desnecessária mas perniciosa e de custos financeiros não calculados. Quando o que se impunha era recompor essa herança e enriquecê-la, atendendo ao princípio da diversidade, um dos vectores da União Europeia.
Lamenta-se que as entidades que assim se arrogam autoridade para manipular a língua (sem que para tal gozem de legitimidade ou tenham competência) não tenham ponderado cuidadosamente os pareceres científicos e técnicos, como, por exemplo, o do Prof. Doutor Óscar Lopes, e avancem atabalhoadamente sem consultar escritores, cientistas, historiadores e organizações de criação cultural e investigação científica. Não há uma instituição única que possa substituir-se a toda esta comunidade, e só ampla discussão pública poderia justificar a aprovação de orientações a sugerir aos povos de língua portuguesa.
3 – O Ministério da Educação, porque organiza os diferentes graus de ensino, adopta programas das matérias, forma os professores, não pode limitar-se a aceitar injunções sem legitimidade, baseadas em "acordos" mais do que contestáveis. Tem de assumir uma posição clara de respeito pelas correntes de pensamento que representam a continuidade de um património de tanto valor e para ele contribuam com o progresso da língua dentro dos padrões da lógica, da instrumentalidade e do bom gosto. Sem delongas deve repor o estudo da literatura portuguesa na sua dignidade formativa.
O Ministério da Cultura pode facilitar os encontros de escritores, linguistas, historiadores e outros criadores de cultura, e o trabalho de reflexão crítica e construtiva no sentido da maior eficácia instrumental e do aperfeiçoamento formal.
4 – O texto do chamado Acordo sofre de inúmeras imprecisões, erros e ambiguidades – não tem condições para servir de base a qualquer proposta normativa.
É inaceitável a supressão da acentuação, bem como das impropriamente chamadas consoantes "mudas" – muitas das quais se lêem ou têm valor etimológico indispensável à boa compreensão das palavras.
Não faz sentido o carácter facultativo que no texto do Acordo se prevê em numerosos casos, gerando-se a confusão.Convém que se estudem regras claras para a integração das palavras de outras línguas dos PALOP, de Timor e de outras zonas do mundo onde se fala o Português, na grafia da língua portuguesa.
A transcrição de palavras de outras línguas e a sua eventual adaptação ao português devem fazer-se segundo as normas científicas internacionais (caso do árabe, por exemplo).
Recusamos deixar-nos enredar em jogos de interesses, que nada leva a crer de proveito para a língua portuguesa. Para o desenvolvimento civilizacional por que os nossos povos anseiam é imperativa a formação de ampla base cultural (e não apenas a erradicação do analfabetismo), solidamente assente na herança que nos coube e construída segundo as linhas mestras do pensamento científico e dos valores da cidadania.
Os signatários,
Ana Isabel Buescu
António Emiliano
António Lobo Xavier
Eduardo Lourenço
Helena Buescu
Jorge Morais Barbosa
José Pacheco Pereira
José da Silva Peneda
Laura Bulger
Luís Fagundes Duarte
Maria Alzira Seixo
Mário Cláudio
Miguel Veiga
Paulo Teixeira Pinto
Raul Miguel Rosado Fernandes
Vasco Graça Moura
Vítor Manuel Aguiar e Silva
Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho
Zita Seabra
...
Espero e acredito sinceramente que esta não será apenas mais uma iniciativa contra o Acordo Ortográfico, mas sim a iniciativa que irá conseguir reunir apoios suficientes para dar uma prova definitiva de como existe um sentimento generalizado contra esta mudança que nos querem impor. Mais do que uma simples contestação, é a defesa da nossa identidade que nos move, e quando assim é, haverá causa mais nobre?
Ana Isabel Buescu
António Emiliano
António Lobo Xavier
Eduardo Lourenço
Helena Buescu
Jorge Morais Barbosa
José Pacheco Pereira
José da Silva Peneda
Laura Bulger
Luís Fagundes Duarte
Maria Alzira Seixo
Mário Cláudio
Miguel Veiga
Paulo Teixeira Pinto
Raul Miguel Rosado Fernandes
Vasco Graça Moura
Vítor Manuel Aguiar e Silva
Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho
Zita Seabra
...
Espero e acredito sinceramente que esta não será apenas mais uma iniciativa contra o Acordo Ortográfico, mas sim a iniciativa que irá conseguir reunir apoios suficientes para dar uma prova definitiva de como existe um sentimento generalizado contra esta mudança que nos querem impor. Mais do que uma simples contestação, é a defesa da nossa identidade que nos move, e quando assim é, haverá causa mais nobre?
6.5.08
À nossa amizade.

Trecho de uma carta escrita por um amigo publicitário uruguaio, com quem tive o privilégio de privar durante cerca de três anos. Um homem que já passou dos sessenta anos e que tem tudo na vida, até mesmo a lucidez, e a coragem, de olhar para si próprio. Um homem de quem aprendi lições de vida em tempos difíceis. Tempos em que empregos e carreiras de muitas outras pessoas se jogavam nas decisões tomadas por nós. Por mais que tente, na verdade e para ser honesto, creio que nunca tentei verdadeiramente, jamais conseguirei explicar o que esses tempos representaram para mim, como homem e profissional em longínquas paragens da América do Sul. O que fizemos, fizemos muito bem, meu amigo. Continuo a ter uma inabalável convicção que ninguém teria feito melhor que nós. E depois de tudo ainda ficou esta amizade. Com tua licença, as tuas palavras merecem ser públicas.
(Foto de Punta Del Este, Uruguai, recordando poucos mas bons momentos de descontracção).
Escutar Montmartre
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5.5.08
Os jovens e as suas carreiras. Ou os jovens e o trabalho?
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Post inspirado e adaptado de um texto de Nizan Guanaes, um famoso publicitário brasileiro.
Porque o seu a seu dono.
E isso é bom?

4.5.08
Rua do Almeida, Estremoz.
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Como se escreve na blogosfera.
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Crónicas de uma viagem (IV).
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2.5.08
Bom fim-de-semana.

Eu vou andar com a prancha na carrinha, espero que o mar esteja de feição.
1.5.08
Qual foi a melhor invenção dos últimos tempos?

A pílula, o tampão, a televisão, o computador, a internet, o telemóvel, o ipod, o micro-ondas, o Noddy e a ASPIRINA.
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- Crónicas do Rochedo
- Delito de Opinião
- Designorado
- Esconderijo
- Estado Sentido
- Grande Jóia
- Miss Pearls
- O privilégio dos caminhos
- Pátio das Conversas
- Saber viver numa multidão
- Sonhos nas Pontas dos Dedos