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31.12.08
Maldita lua, abençoada piscina.
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30.12.08
25.12.08
Ouvi-te chamar-me.
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Arcádia
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Que é como quem diz, lá em casa, acrescentei eu perante os sobrolhos franzidos dos pais. Se calhar és um ser de outra galáxia.
Se calhar, não. Sou um ser de uma galáxia distante que se chama Arcádia, e habito no 11º planeta com os seus dois melhores amigos, o Ricardo “hiperactivo” e o Giuseppe “visionário”.
E o que te trouxe à Terra, arcadiano?
Uma maldita falha técnica na nave, impossível de ser reparada por humanos.
E estás à espera do reboque?
Nem me digas nada, aguardo impacientemente neste vosso planeta de inteligência precária, que os meus amigos me venham ajudar.
E estão a demorar-se porquê?
Ora tio, eles vivem a anos-luz de distância.
Sabes se eles, porventura, gostarão da Terra?
Duvido! Vão querer voltar para Arcádia e para o 11º, onde nos sentimos em casa.
E a conversa continuou, com ele a contar-me como é a vida nessa galáxia distante e nós a ouvirmos interessadamente e com curiosidade histórias de um outro Mundo. Fiquei a saber, entre gargalhadas de ir às lágrimas, e logo no Jantar de Consoada em casa da minha mãe, que o meu sobrinho é um ser que habita noutra galáxia. E fiquei a saber pelo próprio, à mesa e para quem o quis ouvir, ou seja todos nós, pais incluídos. Ó sobrinho, afinal parece que ainda há muita gente que entende a tua Língua Arcadiana. A ver se amanhã não me esqueço de te perguntar como se diz ó caramelo lá tua galáxia.
23.12.08
O Natal é uma festa. Bom Natal.
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Entre desenhos feitos hoje e a escrita posta em dia amanhã.
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22.12.08
20.12.08
A poem a day keeps the Devil away. *
O Luís de Carvalho, amigo de longa data, acredita que sim e, à sua maneira, explica porquê. Profissão: escritor, carreira: publicitário. Escreve há mais tempo do que ele próprio poderia imaginar. É o seu primeiro livro. Diz ele que a vida é um buraco, uma origem, um túnel de entrada para a saída, um troço para qualquer caminhada, a vida é um buraco para cavar.
E atiras-te logo à poesia pá?, pergunto-lhe a seguir ao abraço do reencontro. Não lhe chames isso que os puristas dirão que é uma heresia. Chama-lhe antes histórias partidas, responde-me num sussurro com um sorriso feliz no rosto.
Belíssimas histórias partidas, é assim que as passei a chamar depois de as ler. E gosto do livro com um buraco no meio. Um pedaço do buraco da vida que já cavaste. Não sou fã de poesia, sou até um pouco avesso, mas delicio-me com histórias partidas, intensas, vividas e desconversadas. Querem ver que é mesmo verdade que a poem a day keeps the Devil away?
* Já está à venda e 10 € é o preço para se tirarem dúvidas sobre a justiça da afirmação.
E atiras-te logo à poesia pá?, pergunto-lhe a seguir ao abraço do reencontro. Não lhe chames isso que os puristas dirão que é uma heresia. Chama-lhe antes histórias partidas, responde-me num sussurro com um sorriso feliz no rosto.
Belíssimas histórias partidas, é assim que as passei a chamar depois de as ler. E gosto do livro com um buraco no meio. Um pedaço do buraco da vida que já cavaste. Não sou fã de poesia, sou até um pouco avesso, mas delicio-me com histórias partidas, intensas, vividas e desconversadas. Querem ver que é mesmo verdade que a poem a day keeps the Devil away?
* Já está à venda e 10 € é o preço para se tirarem dúvidas sobre a justiça da afirmação.
A primeira Lei de Newton.
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6.12.08
À desconversa com os meus posts.
Uma destas noites dei por mim a reler o que escrevi desde que dei início a este desconversar. Invadiu-me uma súbita sensação de me estar a despedir dos posts. A minha relação com o passado, conhecem-na. Passado, para mim, é apenas uma palavra da Língua Portuguesa, com um significado infinitamente menor que as outras duas que enquadram a vida. Presente e futuro. Olhar para trás ou perder uma hora que seja a pensar no passado, é um dos maiores desperdícios de tempo a que jamais me entreguei. Não guardo cartas, notas ou bilhetes de ninguém que não sejam ou digam respeito ao presente. Nem um. Não tenho fotografias antigas cá em casa, estão todas em casa dos meus pais. Depois dos divórcios, nada me rodeia que pertença ao passado. Nem uma colher de chá. A minha mãe costuma dizer que sou fundamentalista e rimo-nos os dois. Não conheço o significado da palavra nostalgia, quiçá porque nunca lhe dei sequer hipótese que me fosse apresentada. Voltando aos posts antigos. Quando os reli chegou-me um certo odor a naftalina. E não gostei, mesmo tendo mau olfacto. Eles percebem-me porque me conhecem. Novo ano, velhos posts? Nem precisei de lhes perguntar, eles sorriram quando viram o meu olhar, parecendo dizer-me ora, sabes qual é a tecla, Mike. E eu ri-me com eles, sem me rir deles.
Na blogosfera e da blogosfera.
É curiosa, e simultaneamente estranha, esta sensação que muitos de nós já experimentaram, de pausa na blogosfera. Pausa na blogosfera mas não da blogosfera. No princípio a reflexão sobre o que leva à pausa, seguindo-se a conclusão, já esperada, de não haver apenas uma razão, e de não se conseguir afirmar, ou hierarquizar, com certeza, o peso das razões. Depois a sensação estranha de voyeurismo que, sabendo da existência de site meters, desaparece num ápice. Por fim a melhor parte, a da leitura com um grau de afastamento que quando estou envolvido, ou seja, na blogosfera, dificilmente permite. Nesta, a melhor parte, mesmo quando o tempo se encarregou de abrir umas brechas, senti um turpor inesperado, uma inércia no que diz respeito à escrita, mesmo para comentar. Indo mais longe, e sem me preocupar ou me sentir forçado a definir, diria quase desinteresse. Sou um rooky nisto da blogosfera e porventura alguém mais experimentado dir-me-à que é normal. A verdade é que o pouco tempo livre tem sido ocupado com a leitura e com a escrita, sem vontade de qualquer espécie de a publicar. É momento para uma confissão pública. Não senti saudades. E ainda não sinto, apesar de aqui estar a partilhar estas linhas, depois da pausa mais longa a que, voluntariamente, me sujeitei. É certo que tenho trabalhado desalmadamente, mas também é certo que noutros momentos em que isso aconteceu, nunca sentira este desprendimento cibernético. Não sei se consigo explicar mas é como se não sentisse a mesma falta que sentia. Pode ser que seja por causa da proximidade do Natal. É que o meu grau de afinidade com esta época faz-me sentir um homem novo no dia vinte e seis de Dezembro. Mas sei o que digo porque sei o que sinto. Cada dia que vai passando, menos tenho vontade de navegar. Cansaço? Talvez. Cansaço apenas da blogosfera? Talvez, também. Para quem me leu até aqui, deixo uma mensagem que responde a toda e qualquer interrogação. Continuo bem disposto e alegre, muito feliz e a rir-me todos os dias. E sempre que me apetecer, continuarei a fazer visitas e a desconversar com quem sempre bem me recebeu e a quem gosto de ler. Voltar a postar? Talvez, também.
26.11.08
25.11.08
24.11.08
Dar-se à vida e partilhá-la. A aprendizagem e a desaprendizagem.
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O diálogo não foi exactamente assim, concerteza, mas este breve trecho retrata o conteúdo de uma conversa entre pai e filho. O filho não se deu por convencido na altura, mas hoje sabe que o pai o convencera. E hoje também sabe que foi para o bem e para o mal, como em tudo na vida. O filho, que não é homem de olhar para trás, nos breves instantes em que o faz, chega à conclusão que já há bastante tempo rege a sua vida de acordo com este princípio que, a custo, tem renitência em chamar-lhe ensinamento. Cultivar a auto-suficiência não lhe retirou a capacidade de se dar. Dar-se a causas, às pessoas, aos amigos, a quem ama. E contribuiu para que se sentisse melhor consigo próprio, mais seguro, mais autónomo, diria, sabendo quão falicioso poderá soar, mais livre. A ponto de incluir este princípio na educação da terceira geração. Para o bem fica a não-dependência, o sentimento de que a vida e o que ela lhe traz de bom e de mau, apenas depende dele próprio, que a tem nas suas mãos, não deixando que as rédeas passem para outras. Eu disse que o filho hoje sabe que é para o bem e para o mal, não foi? E para o mal? Para o mal, é facilmente esquecido o verdadeiro significado da palavra partilha. O filho esqueceu-se, e voluntariamente, se não temer ser honesto, do que é partilhar sentimentos, dificuldades, já não se lembra o que é repartir tarefas numa casa, dividir as más horas do dia com alguém. Habituou-se a tomar as grandes e pequenas decisões sozinho, contando para isso apenas com ele próprio. Repararam que quando se fala de partilha, o filho menciona as coisas difíceis e menos boas? Entendo-o. É que quando são boas ele dá-se a elas, mas sendo menos boas, ele continua a dar-se mas esquece-se que existe a partilha. E agora? Princípio ou ensinamento? Para o bem e para o mal, como em tudo na vida, o filho dá-se à vida mas, e fez por isso, desaprendeu a partilhá-la.
22.11.08
Post(o) a nu (mas sentado). *
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* Título roubado ao Paulo e ao seu Duro das Lamentações
1. És homem ou mulher?
Travelinn’ Man
2. Descreve-te.
Still a Fool
3. O que as pessoas acham de ti?
Cool, Calmed and Collected
4. Como descreves o teu último relacionamento?
It’s All Over Now.
5. Descreve o estado actual da tua relação.
I Wanna Be Your Man.
6. Onde querias estar agora?
Nearness of You
7. O que pensas a respeito do amor?
Everybody Needs Someone to Love
8. Como é a tua vida?
God Gave Me Everything
9. O que pedirias se pudesses ter só um desejo?
Wake Up in the Morning
10. Escreve uma frase sábia.
Don’t look back
2. Descreve-te.
Still a Fool
3. O que as pessoas acham de ti?
Cool, Calmed and Collected
4. Como descreves o teu último relacionamento?
It’s All Over Now.
5. Descreve o estado actual da tua relação.
I Wanna Be Your Man.
6. Onde querias estar agora?
Nearness of You
7. O que pensas a respeito do amor?
Everybody Needs Someone to Love
8. Como é a tua vida?
God Gave Me Everything
9. O que pedirias se pudesses ter só um desejo?
Wake Up in the Morning
10. Escreve uma frase sábia.
Don’t look back
19.11.08
E o saloio a pensar o que fazer.
Comunicar e o antes de comunicar.
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16.11.08
A reconquista de territórios nunca foi tarefa fácil e tem sempre consequências.
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14.11.08
13.11.08
Como olhamos o futuro e a reforma? De maneira diferente dos holandeses.
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12.11.08
Em Amsterdão não há frangos como os nossos.
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10.11.08
7.11.08
Quem a meu filho tira espinhas da garganta, minha boca adoça.
Eu vou ao S. Brás
De cu p’ra trás
Comprar uma gancha
Pr’ó meu rapaz.
Eu vou ao S. Brás
De cu p’ró lado
Comprar uma gancha
Pr’ó meu namorado.
Post dedicado à Júlia que, por causa de travesseiros e travessuras, resolveu envolver-me em pitos e ganchas.
Rir antes de adormecer.
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6.11.08
Yes they could.
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5.11.08
À espera que alguém me diga como se chamam os doces conventuais do Marão.
E à espera que o façam sem o uso de palavras inapropriadas ou que possam ferir, legitimamente, susceptibilidades de quem as possa ou as venha a ler.
4.11.08
Esses doces chamados travesseiros.
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3.11.08
2.11.08
Antes tarde que nunca.
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31.10.08
30.10.08
Amigo
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Inaugurámos a palavra “amigo”.
“Amigo” é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
“Amigo” (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
“Amigo” é o contrário de inimigo!
“Amigo” é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
“Amigo” é a solidão derrotada!
“Amigo” é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
“Amigo” vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O’Neill, in No Reino da Dinamarca
Deu-me uma vontade de voltar ao grande O’Neill, que estou a reler. Às vezes dá-me para isto, o que é que querem que vos diga? Mas não dispenso o Calvin e o seu amigo Hobbes na mesa de cabeceira.
29.10.08
O segredo de Domingo.
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28.10.08
Um post de m...
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A Língua Portuguesa tem destas coisas e há palavras cuja versatilidade é practicamente imbatível.
A palavra merda é um bom exemplo. É inegável que a utilizamos em variadíssimas circunstâncias, mesmo que em silêncio, e em relação a muitas e variadas coisas. Senão vejamos.
Orientação geográfica:
Vai à m...!
Adjectivo qualificativo:
Tu és uma m...!
Momento de cepticismo:
Não acredito nesta m...!
Desejo de vingança:
Vou fazê-lo em m...!
Trapalhada:
Já fizeste m...!
Efeito visual:
Não se vê m... nenhuma!
Sensação olfactiva:
Cheira a m...!
Dúvida na despedida:
Por que é que não vais à m...?
Especulação de conhecimento:
Que m... será esta?
Momento de surpresa:
Merda!
Sensação gustativa:
Isto sabe a m...!
Desejo de ânimo:
Anda-me rápido com essa m...!
Situação de desordem:
Isto está uma m...!
Rejeição, despeito:
O que é que esse m... pensa?
Para descobrir o paradeiro de qualquer coisa:
Não sei onde foi parar aquela m...
Interjeição comum:
Mas que m...!
A crise das 17:30h:
Vou-me embora desta m...!
Futebol:
Esta m... parece o BENFICA!
Orientação geográfica:
Vai à m...!
Adjectivo qualificativo:
Tu és uma m...!
Momento de cepticismo:
Não acredito nesta m...!
Desejo de vingança:
Vou fazê-lo em m...!
Trapalhada:
Já fizeste m...!
Efeito visual:
Não se vê m... nenhuma!
Sensação olfactiva:
Cheira a m...!
Dúvida na despedida:
Por que é que não vais à m...?
Especulação de conhecimento:
Que m... será esta?
Momento de surpresa:
Merda!
Sensação gustativa:
Isto sabe a m...!
Desejo de ânimo:
Anda-me rápido com essa m...!
Situação de desordem:
Isto está uma m...!
Rejeição, despeito:
O que é que esse m... pensa?
Para descobrir o paradeiro de qualquer coisa:
Não sei onde foi parar aquela m...
Interjeição comum:
Mas que m...!
A crise das 17:30h:
Vou-me embora desta m...!
Futebol:
Esta m... parece o BENFICA!
27.10.08
25.10.08
À minha reine de Saba. Em Barcelona.
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Comme si je n'existais pas,
elle est passée à côté de moi
Sans un regard, reine de Saba,
j'ai dit Aïcha prends tout est pour toi
Voici les perles les bijoux,
aussi l'or autour de ton cou
Les fruits, biens mûrs au goût de miel, ma vie,
Aïcha si tu m'aimes
J'irai où ton souffle nous mène,
dans les pays d'ivoire et des baignes
J'effacerai tes larmes ou tes peines,
rien n'est trop beau pour une si belle
Aïcha, Aïcha écoute moi,
Aïcha, Aïcha t'en vas pas
Aïcha, Aïcha regarde moi,
Aïcha, Aïcha réponds-moi
Je dirai les mots les poèmes,
je jouerai les musiques du ciel
Je prendrai les rayons du soleil,
pour éclairer tes yeux de reine
Aïcha, Aïcha écoute moi,
Aïcha, Aïcha t'en vas pas
Aïcha, Aïcha regarde moi,
Aïcha, Aïcha réponds-moi
Elle m'a dit: Garde tes tresors,
moi je vaux mieux que tout ça
Des barreaux sont des barreaux, même en or
Je veux les mêmes droits que toi
Du respect pour chaque jour,
moi je ne veux que de l'amour
...
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