Acho que tens razão, Marco Aurélio.
28.6.08
Não nos deixemos ludibriar pela opinião.
Considera que não são as acções dos outros que nos perturbam, pois que pertencem ao domínio das suas vontades, mas a opinião que sobre ela formamos. Suprime-a, pois. Trata de anular o juízo que te deixa indignado e a tua cólera se desvanecerá. Como suprimi-la? Meditando em que não há nisso nada de vergonhoso para ti, porquanto se houvesse outra coisa, além do mal moral, que fosse vergonhosa, tu também cometerias necessariamente muitas faltas. Tu te tornarias um bandido, de qualquer maneira.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Acerca de mim
Arquivo do blog
-
▼
2008
(374)
-
▼
junho
(29)
- O hábito faz o monge. Que monge?
- Não nos deixemos ludibriar pela opinião.
- Fernando Pessoa não era sábio. Ou seria?
- Bom fim-de-semana
- Uma amizade antiga.
- Águia recebe o primeiro leão?
- Maestro, matemático ou geólogo?!?
- Viver sem improvisar? Ou viver improvisando?
- A minha caça.
- E porque o Verão chegou.
- O Verão está aí à porta.
- Bom fim-de-semana.
- Emigrar. Ainda não é desta... por enquanto.
- Avenida Morumbi, São Paulo, Brasil.
- Uma lição de bem estar com a vida.
- Porquê? Por mera intuição.
- O que tem o acaso de tão fascinante?
- Bom feriado e bom fim-de-semana.
- O que os portugueses precisavam há trinta anos.
- What business is our business?
- Decepcionado com Botero.
- Um eléctrico chamado desejo.
- Na essência não reside mudança.
- Essa é a palavra.
- Bom fim-de-semana.
- Beleza interior.
- No fio da navalha.
- O comando é de quem, afinal?
- Um pensamento triste que se pode dançar.
-
▼
junho
(29)
À conversa com
- A Curva da Estrada
- Acto Falhado
- Adeus, até ao meu regresso
- Ares da minha graça
- Coisas da Vida
- Corta-fitas
- Crónicas do Rochedo
- Delito de Opinião
- Designorado
- Esconderijo
- Estado Sentido
- Grande Jóia
- Miss Pearls
- O privilégio dos caminhos
- Pátio das Conversas
- Saber viver numa multidão
- Sonhos nas Pontas dos Dedos
11 comentários:
:-)
Palavras e imagem... na mouche!
:-)
Não somos responsáveis pelas acções dos outros, Marco Aurélio, nisso tens razão. Mas é impossível ignorá-las quando nos tocam e é a nossa reacção a essas acções que nos define, para o bem e para o mal.
Não foi sem reacções que governaste o teu império, pois não?...
;)
Fugidia, Marco Aurélio também era sábio, um homem "batido"... :)
Não poderei responder por Marco Aurélio, Ana, mas acho que, como diz, não foi sem reacções que governou o império dele. Mas não se deixando ludibriar pelas opiniões... :)
Meu caro Mike, a sobrevivência social tanto nos exige que tenhamos e manifestemos muitas opiniões sobre coisas frívolas, como que não as tenhamos, nem as manifestemos sobre coisas sérias. Neste caso, também para que não se pense que agimos com subjectividade. Mas nunca, realmente, o fazemos de outra forma... pois não? :-)
Não, não o fazemos de outra forma, Luísa. :)
Hummm! Este Marco Aurélio era um imperador sábio ,mas falar, ou pensar, é uma coisa, e ter de viver com os outros e com as suas acções...
A estes sábios falta o pragmatismo, ou, no limite,fazem de conta que podem passar-lhe ao lado...
Meu Caro Mike,
o estoicismo está muito bem no que nos impeça de ser surprendidos por acções alheias, mesmo más. Mas nada nos deve diminuir a capacidade de julgá-las. A vida é julgamento.
Abraço
Cristina, tanto quanto sei, apenas o pragmatismo não levaria Marco Aurélio a construir o império que construiu. Creio que ele preconiza pragmatismo quando atendemos às opiniões que formamos das acções dos outros. :)
Caro Réprobo, estamos de acordo quanto à capacidade de julgar as acções alheias. Mas tenho que concordar com Marco Aurélio quando nos faz crer que uma coisa é julgar as acções e outra é deixarmo-nos perturbar pela opinião que sobre elas formamos.
Abraço.
Aí é que bate o ponto, Mike; eu acho que ele só o conseguiu com pragmatismo- outra coisa é teorizar e filosofar...
Enviar um comentário