Jazz Favorites (V e VI). The President and Lady Day
O jazz já tinha um rei (do swing) – Benny Goodman, um duque – Duke Ellington e um conde – Cout Basie, por isso Billie Holiday chamou a Lester Young “Prez” (diminutivo de President). Nasceu e foi criado no seio de uma família de músicos e aprendeu a tocar trompete, violino e bateria, para além de saxofone, tornando-se num saxofonista-tenor ímpar, com um estilo muito pessoal e relaxado, que me agrada sobremaneira. Nos anos 40 vira-se para o bebop, entregando-se poucos anos depois ao alcoolismo de uma forma irremediável. Lester “The President” Young despede-se da vida aos cinquenta anos padecendo de perturbações mentais e com ele o som inconfundível, suave, melodioso e relaxado do seu saxofone.
Vida... vida difícil foi a de Eleonora Fagan, a quem foi chamada Lady Day. Tudo de mau que se possa imaginar na vida de alguém aconteceu a Billie Holliday. Infância muito complicada, maus tratos, esturpo, casamentos falhados, relacionamentos obscuros com mafiosos abusadores, droga e alcool em excesso, até a uma cirrose a tirar de uma cama de um hospital presidiário, rumo à eternidade. Billie Holiday morreu aos 44 anos, com setenta cêntimos no banco, ela que era já uma voz venerada do jazz quando partiu. E que voz! Sofrida e intensa como foi toda a sua vida, mas melodiosa e doce, daquelas vozes que nos embalam, que nos amparam. O amparo que parece nunca ter tido. Que voz!
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2 comentários:
O Mike sabe disto!
Obrigada por ter posto esta Senhora a embalar o nosso pré-sono:)
Grato Cristina.
Um bom pré-sono :)
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