
31.3.08
Vidas (I)

30.3.08
O Atlântico foi atravessado pelo ar, pela primeira vez.

Jazz Favorites (XII). O senhor Conde.

Gosto de praia? Gosto é do mar.

Torre de Hércules, Corunha, Espanha.

28.3.08
27.3.08
Jazz Favorites (XI). Mr. Dizzy Gillespie

This is art.

Afrobeat at its best.

"Um jogo normal com um resultado normal".
26.3.08
Antes duas pedras na mão que duas pedras nos rins.

25.3.08
Jazz Favorites (X). The Bird

O jovem repórter de espírito aventureiro.

Olá Primavera.


20.3.08
Jazz Favorites (IX). Miss Divine One.

Se fosse à terra...

19.3.08
Solidão

Hoje senti-me mais só, pai.
Vertigem.

17.3.08
Jazz Favorites (VIII). O senhor sax tenor

Morrer na praia.

Alentejo, ai solidão...

Solidão, ai Alentejo,
Pátria que à força escolhi!
Quando cheguei quis-te mal,
Alentejo – ai – solidão...
Julguei eu que te quis mal,
Chegava do vendaval,
Tão cego que nem te vi!
Alentejo, ai solidão,
Solidão, ai Alentejo,
Adro de melancolia!
Tal tristeza me pesa,
Alentejo – ai – solidão...
Quanto às vezes me não pesa,
Mas fora dessa tristeza,
Pesa-me toda a alegria!
(excerto do Fado Alentejano de José Régio).
15.3.08
Rua das Carmelitas, 144, Porto.

Jazz Favorites (VII). Little Jazz

14.3.08
O mar vai estar bom.

Que soda...

Objectos de culto (XIX). Mercedes SLR McLaren. Avassalador.


Verdes são os campos
De cor de limão
Assim são os olhos
Do meu coração.
Campo, que te estendes
Com verdura bela
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.
Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis
Isso que comeis
Não são ervas, não
São graças dos olhos
Do meu coração.
(Luís de Camões)
Mal me quer, bem me quer...

Jazz Favorites (V e VI). The President and Lady Day


O jazz já tinha um rei (do swing) – Benny Goodman, um duque – Duke Ellington e um conde – Cout Basie, por isso Billie Holiday chamou a Lester Young “Prez” (diminutivo de President). Nasceu e foi criado no seio de uma família de músicos e aprendeu a tocar trompete, violino e bateria, para além de saxofone, tornando-se num saxofonista-tenor ímpar, com um estilo muito pessoal e relaxado, que me agrada sobremaneira. Nos anos 40 vira-se para o bebop, entregando-se poucos anos depois ao alcoolismo de uma forma irremediável. Lester “The President” Young despede-se da vida aos cinquenta anos padecendo de perturbações mentais e com ele o som inconfundível, suave, melodioso e relaxado do seu saxofone.
Vida... vida difícil foi a de Eleonora Fagan, a quem foi chamada Lady Day. Tudo de mau que se possa imaginar na vida de alguém aconteceu a Billie Holliday. Infância muito complicada, maus tratos, esturpo, casamentos falhados, relacionamentos obscuros com mafiosos abusadores, droga e alcool em excesso, até a uma cirrose a tirar de uma cama de um hospital presidiário, rumo à eternidade. Billie Holiday morreu aos 44 anos, com setenta cêntimos no banco, ela que era já uma voz venerada do jazz quando partiu. E que voz! Sofrida e intensa como foi toda a sua vida, mas melodiosa e doce, daquelas vozes que nos embalam, que nos amparam. O amparo que parece nunca ter tido. Que voz!
11.3.08
Como faço para não ter medo?

Cruzeiros? nem na reforma.

10.3.08
Envelhecida, gasta e envolta num glamour que precisa ser procurado.

Não me recordo o que me motivou a visitar Havana pela primeira vez, a primeira de três visitas. Não sou um homem de esquerda (se bem que já há muito tempo me pergunto o que é isso de ser de esquerda ou direita) apesar de em tempos que já lá vão, nutrir alguma simpatia pelos “barbudos” e ter a mesma visão romântica de muitos de nós em relação a Ernesto Guevara, ao Che. Vamos admitir que a motivação partiu das raízes africanas e de alguma curiosidade em viver a vida de um país proscrito pelo Ocidente e pelos EUA... numa inconfessável simpatia pelo mais fraco. Apaixonei-me por Havana e esse sentimento foi partilhado com amigos mais chegados, avisando-os contudo, e por conhecê-los bem, sobre o que poderiam esperar de uma Cuba empobrecida e amordaçada e de uma Havana envelhecida, gasta e envolta num glamour que precisa ser procurado. Na agência de viagens recomendaram-me o Nacional e outro hotel, de que não me lembro do nome, em pleno El Malecon. Hesitei entre o Sevilha em Havana Velha e o Ambos Mundos e decidi-me pelo primeiro porque quis ficar no hotel que recebeu Josephine Baker quando a ela foi recusada a permanência no Nacional, por isso mesmo que estão a pensar os que me lêem – por causa da cor da pele dela. Com um estilo andaluz e situado no elegante Paseo del Prado, o Sevilha era o hotel da máfia e onde Al Capone ficava nas suas visitas à ilha, reservando todo o sexto piso para a sua comitiva. E decidi-me bem ao permanecer num hotel onde temos a sensação de que as paredes parecem olhar-nos de soslaio e contar-nos segredos de uma vivência de outrora, o mesmo hotel que Graham Green escolheu e que menciona em “O nosso homem em Havana”. Não resisti visitar o quarto 551 do Ambos Mundos, onde Hemingway escreveu os primeiros capítulos de “Por quem os sinos dobram”, com a velha máquina de escrever pousada sobre uma escrivaninha simples de madeira. Visitei os locais que os turistas visitam, bebi daiquiris na Bodeguita del Medio, dancei ao ritmo caribenho no El Flamingo, até o dia nascer, almocei em casas particulares e deixei-me embrenhar por uma Havana desconhecida. Devorei uma Havana encantadora... e soube-me a pouco. Talvez por isso tenha lá voltado mais duas vezes. Para a saborear, fazendo-me à estrada numa Cuba abandonada mas não perdida na sua história, no seu orgulho. E hei-de lá voltar. Hasta la vista, Havana.
Gosto do Alentejo à noite.

9.3.08
Jazz Favorites (IV). O revolucionário do jazz.

8.3.08
8 de Março. Os anos vão passando e eu cada vez entendo menos.

7.3.08
Objectos de culto (XVII). Os sonhos têm um preço.

Elas conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo. E nós?

A minha mãe, mãe de dois rapazes nunca foi de aparar golpadas e os dois rapazes foram habituados a não esperar que as coisas aparecessem feitas, isto é, os meninos sempre tiveram que dar corda aos sapatos nos afazeres da casa. Mas uma coisa de cada vez, que a mãe, compreensiva, nunca nos exigiu o impossível. A vida dá voltas, como uma montanha russa equipada com pilhas Duracell, e um dos rapazes vê-se em casa rodeado de criançada e de tudo o resto que significa estar rodeado de criançada, principalmente ao final do dia. A caminho de casa já está a pensar o que será o jantar, melhor dizendo, o que é que vai cozinhar para o jantar, enquanto dá atenção à mais nova e responde ao mesmo tempo às perguntas do mais novo. Depois? Bem depois é assim: panela ao lume, o mais novo no banho, de caminho verificam-se os trabalhos de casa da mais nova (que é mais velha que o mais novo), vai de deitar a massa na panela que a água ferve, uma olhadela no pequeno que está na banheira já com menos água lá dentro porque a que falta está no chão da casa de banho, corrige-se a conta de dividir em que a mais nova andava às voltas e volta-se a desligar a televisão que a culpa do erro é dos Morangos. O relógio de cozinha dá o sinal... a massa está pronta mas falta o resto, conta-se até trinta porque o mais novo não quer sair da maldita banheira, a mais nova resmunga enquanto a mesa é posta... porque perdeu parte dos Morangos, que lata a dela... volta-se à casa de banho e... chega menino, fora da banheira, que há um pijama para ser vestido. Por fim sentados à mesa... pai, a mãe cozinha melhor que tu... raios, o que ele tem que ouvir com um sorriso nos lábios e pior, é obrigado a concordar. Jantar acabado, há uma cozinha para arrumar e ao mesmo tempo as lancheiras para preparar e, de caminho, deixar pronto o biberon da manhã que fazê-lo ao acordar já deu asneira várias vezes. Ainda resta tempo para ver o Ruca enquanto se lê o jornal, com intervalos pelo meio para se certificar onde é que a mais nova anda pela internet.
Dir-me-ão as senhoras com filhos que resistiram à leitura até aqui, que por enquanto não detectaram nenhuma novidade. Acredito, mas também acredito que para elas seja mais fácil, não menos cansativo, mas mais fácil. Por ser inato para elas, digo eu, enquanto para nós constitui uma aprendizagem dura, sofrida e contranatura. Não, não é um queixume, apenas a constatação de que nós também fazemos várias coisas ao mesmo tempo, mas irra que não é fácil. Uma amiga minha, entre gargalhadas bem dispostas, que interpretei como um elogio só depois de passado algum tempo, que ao princípio soou-me mal (por preconceito masculino, claro), disse-me que eu estava a “engagizar-me”. A quê? Ah, percebi-te... mas se pudesse escolher, preferia nunca ter ouvido esse... como dizer? vou chamá-lo novo conceito. Ao que um gajo chega... e o que um gajo tem que ouvir...
5.3.08
Jazz Favorites (III). The Duke.

Subscrever:
Mensagens (Atom)
Acerca de mim
Arquivo do blog
-
▼
2008
(374)
-
▼
março
(55)
- Vidas (I)
- O Atlântico foi atravessado pelo ar, pela primeira...
- Para a mãe, pelo dia de hoje.
- Jazz Favorites (XII). O senhor Conde.
- Gosto de praia? Gosto é do mar.
- Torre de Hércules, Corunha, Espanha.
- Bom fim-de-semana.
- Jazz Favorites (XI). Mr. Dizzy Gillespie
- This is art.
- Afrobeat at its best.
- "Um jogo normal com um resultado normal".
- Antes duas pedras na mão que duas pedras nos rins.
- Jazz Favorites (X). The Bird
- O jovem repórter de espírito aventureiro.
- Olá Primavera.
- Páscoa Feliz
- Jazz Favorites (IX). Miss Divine One.
- Se fosse à terra...
- Solidão
- Vertigem.
- Jazz Favorites (VIII). O senhor sax tenor
- Morrer na praia.
- Alentejo, ai solidão...
- Rua das Carmelitas, 144, Porto.
- Jazz Favorites (VII). Little Jazz
- O mar vai estar bom.
- Que soda...
- Objectos de culto (XIX). Mercedes SLR McLaren. Ava...
- Verdes são os campos
- Bom fim-de-semana
- Mal me quer, bem me quer...
- Jazz Favorites (V e VI). The President and Lady Day
- Como faço para não ter medo?
- Cruzeiros? nem na reforma.
- Objectos de culto (XVIII). Via Filodrammatici, 2, ...
- Envelhecida, gasta e envolta num glamour que preci...
- Gosto do Alentejo à noite.
- Jazz Favorites (IV). O revolucionário do jazz.
- 8 de Março. Os anos vão passando e eu cada vez ent...
- Objectos de culto (XVII). Os sonhos têm um preço.
- Elas conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo....
- Bom fim-de-semana
- Hi, blue eyes.
- Jazz Favorites (III). The Duke.
- Objectos de culto (XVI). Twickenham, London Boroug...
- Ribeira Grande, S. Miguel, Açores.
- Um excerto d’ Os Maias.
- Jazz Favorites (II). Ella é eterna.
- Objectos de culto (XV). O carro mais vendido no mu...
- Vacilar? nem pensar...
- Foi um jogo para homens... os rapazes podem esperar.
- Cidade da Horta, Ilha do Faial, Açores.
- Precisas é de arranjar um homem...
- É preciso tempo para se terem certezas.
- Objectos de culto (XIV). O que nos fica de um livro?
-
▼
março
(55)
À conversa com
- A Curva da Estrada
- Acto Falhado
- Adeus, até ao meu regresso
- Ares da minha graça
- Coisas da Vida
- Corta-fitas
- Crónicas do Rochedo
- Delito de Opinião
- Designorado
- Esconderijo
- Estado Sentido
- Grande Jóia
- Miss Pearls
- O privilégio dos caminhos
- Pátio das Conversas
- Saber viver numa multidão
- Sonhos nas Pontas dos Dedos