6.5.09

Leccionar? Não creio.

Calhou-me ter que dar umas aulas nas próximas semanas e não vêm ao caso os porquês. Não sei bem porque insistem que as dê, e muito menos entendo porque aceito dá-las a alunos universitários, todos eles adultos crescidos. Tenho uma profunda admiração e respeito por quem lecciona. Rejeito entrar em detalhes, aqui e neste post, que possam levar à análise e apreciação da competência dos profissionais que ensinam, que os há bons e maus em todas as áreas, apesar de sempre ter achado que se trata de uma profissão que exige ou recomenda vocação. Amiúde dizem-me o contrário, mas sei que não seria um bom professor. Umas quantas aulas garantem-me que não seria. E vendo bem, até nem poderei dizer que tenha razões de queixa. Eu, um leigo na matéria, acho que o problema não está na globalidade de uma turma e sim neste ou naquele aluno, melhor dizendo, nesta ou naquela pessoa que me causam desespero. Dir-me-ão que na maioria das profissões se passa o mesmo. E eu não sei? Mas, como disse, tenho muito respeito pelos profissionais que leccionam seriamente porque não lhes basta apenas verem-se na contingência de lidar com quem os exaspera, mas, principamente, conviver diariamente, e às vezes durante uma vida inteira, com a missão e a responsabilidade de ensinar, de formar.

19 comentários:

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

já não sei quem disse que um bom professor é um bom actor. Se um actor é um comunicador,
não tenho duvidas de que o Mike seria um excelente professor!

tambem tem aquela coisa do conttrol emocional, tipo Barão de Teive que ajudará muiiito :-P
entendeu, querido estóico?

Lucia Luz disse...

Fui professora universitária durente um bom tempo.
E acho dar aulas maravilhoso. Formar e mais ainda vê-los muitas vezes crescer e nos superar. É um sentimento muito bom.
Não gosto do kit que engloba: corrigir provas, manter as pautas em ordem...etc.
E concordo com a Julia, bom comunicador, bem humorado ...vc só pode ser bom professor.

claras manhãs disse...

e o que causa desespero não pode ser visto como um bom desafio?
E uma aula interessante , do ponto de vista do aluno, evidentemente, não pode acabar com o desespero?
sorriso
saio já e em bicos dos pés

Mike disse...

Eu fidalgo, Júlia? E indignado com a própria racionalidade? Não me parece e se fosse a si não apostaria nessa ficha do excelente professor, Júlia. (risos)

Que nada, Lucia... é quase certo que não daria um bom professor. :)

Está a ver Claras Manhãs?... o que me causa desespero seria visto como um desafio exasperante. (risos)
Como poderia eu ser um bom professor? ;)

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

ora, ora, falsa modéstia, o menino bem sabe que até tem perfil!

Patti disse...

Oh Stôr, diz uma aluna espevitada de voz lânguida, explique lá aquela sua teoria das diabas e dos anjinhos!

Diga lá Mike, se resistia a uma exposição teórica?

Mike disse...

Não é falsa modéstia, Júlia. É ter obrigação de reconhecer os defeitos e virtudes, o que consigo fazer e o que não consigo. :)

Patti, agora dá-me jeito mencionar o Barão de Teivel. Sabe o que lhe digo? Resistia estoicamente. (risos)

ana v. disse...

Resistias... mas só até às aulas práticas. LOL

Mike disse...

Ana, resistia estoicamente, até mesmo nas aulas práticas. ;)

Lina Arroja (GJ) disse...

Tema giro, prof., doutor, stôr, sedôtor...não confundir com sedutor:)

Em primeiro lugar os alunos gostam dos professores que têm experiência empresarial e é também por isso que a instituição os contracta, pela mais valia que trazem ao curso e à disciplina.
O professor que não o é de profissão tem uma forma de dar aulas muito diferente. Sabe o que é acessório, e acima de tudo aquilo que gostaria que lhe tivessem ensinado enquanto estudante. Daí preparar as aulas ou palestras com outro teor e objectivo em mente. Ou seja, captar,ensinar e divertir a assembleia e ganhar com a experiência pedagógica.
Eu dei aulas durante 5 anos numa universidade, dei muita formação profissional das quais retenho excelentes recordações. E os alunos não nos esquecem, precisamente pelas experiências que lhes levamos do mundo real.

LADY-BIRD, ANTITABÁGIKA, FÃ DO JOMI LOL E JÁ AGORA DOS NOSSOS AMIGOS ANTI-TECNOLOGIAS: MARCHANTE (se não existissem tinham que ser inventados) disse...

aulas de quê? como conquistar professoras de infantário em 5 dias???? lol

beijinho

Mike disse...

Creio que a GJ tocou no ponto certo, setôra. (risos)
Umas quantas aulas ainda vá, leccionar é que não. E se respeito quem lecciona. :)

A menina está muito espirituosa, Lady Bird. Eu não digo? Eu não digo? Haja paciência para esta juventude... (risos)
Vá, altere lá 5 dias para 5 horas senão ainda lhe dou uma negativa, menina. (mais risos)

Luísa A. disse...

Mike, compreendo bem o que diz. Também penso que não daria grande professora, porque perco depressa a paciência. Uma experiência aqui e ali, de curta duração, acho interessante. Também já as tive. Mas em contínuo, como profissão, seria, para mim, impensável. Acho, de resto, que nenhuma formação prévia seria capaz de melhorar a minha reacção a insubordinações e preguiças mentais, que é desistir imediatamente! ;-)

Mike disse...

E pronto. A Luísa diz que me entende, eu leio o seu comentário e fico com a certeza que sim. :)

ana v. disse...

Eu também não teria paciência para uma vida assim, embora tenha gostado da experiência que tive de ensinar. Mas, lá está, foi uma experiência de curta duração.

Mike disse...

Resististe estoicamente às aulas práticas, Ana? (gargalhada)

LADY-BIRD, ANTITABÁGIKA, FÃ DO JOMI LOL E JÁ AGORA DOS NOSSOS AMIGOS ANTI-TECNOLOGIAS: MARCHANTE (se não existissem tinham que ser inventados) disse...

em 5 horas? lol

Eu gostava de dar aulas... eu sinto-me bem a transmitir os meus conhecimentos e a impôr respeito! comigo piam fininho...lol

beijinho

Mike disse...

Devem piar fininho, devem, Lady Bird... ;)

ana v. disse...

Claro que não, Mike. Para dar notas com justiça, tinha que somar a teoria e a prática... LOL

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