If you’re planning for twenty years, grow grain.
If you’re planning for one hundred years, grow people.
Provérbio chinês, utilizado por Bob Scarpelli (Chairman & Chief Creative Officer, DDB Worldwide) numa das suas recentes mensagens no DDBlog.
São raras as vezes, infelizmente, em que as mensagens de quem nos dirige, mesmo longe, do outro lado do Oceano, estejam envoltas num conteúdo humano e que nos façam reflectir sobre o papel que cada um ocupa numa organização de dimensão mundial, com uma reputação inquestionável e com um histórico riquíssimo e respeitável. E são também raras, felizmente, as mensagens em que Bob Scarpelli, mesmo sendo ele o Chairman do Grupo, nos fala sobre a importância de new business, income, revenue, profit, margins, ebit, etc. E quando o faz, fá-lo sempre relembrando-nos a nós que fazemos parte do management por esse mundo fora, que “our business is a people business”. Assim o fez, ele que preconiza a modernização e humanização da Companhia, na sua última aparição no DDBlog, sob o (bom) pretexto que deu origem ao título It is about talent. Consta que o Bob é um profissional, que neste metier se confunde muitas vezes com a pessoa, exigente e não prima pela simpatia fácil, sendo mesmo visto por alguns olhos como um Chairman severo. O nosso negócio, o da publicidade, é um negócio de percepções, mais do que realidades. Talvez por isso eu goste da percepção com que fico, depois de escutar ou ler o Bob Scarpelli.
5 comentários:
A imagem do post recordou-me um provérbio, também chinês, que diz que o dinheiro pode comprar uma casa mas não um lar, um relógio mas não tempo, uma cama mas não o sono, um livro mas não o conhecimento, um posto mas não o respeito... e por aí fora.
É sempre mais inteligente apostar nas pessoas. Mas para isso tem que se pensar a longo prazo e as pessoas iludem-se com os resultados imediatos...
Fugidia, também tem que se viver com os resultados imediatos. Eu costumo dizer às pessoas que elas se devem mentalizar que isso é necessário, dando-lhes o exemplo dos salários que recebem pelo seu trabalho. É que elas querem e precisam dele mensalmente, ou seja imediatamente. Não adianta advogar uma coisa e praticar outra. Tudo se resume a uma questão de equilíbrio. Mas investir nas pessoas é fundamental. :)
Claro que é essencial o equilíbrio. Mas não é muito frequente vê-lo, Mike...
Meu Caro Mike,
tudo o que não seja um eremítico matutar de essências vive das percepções e a Publicidade tem, ao menos, a virtude de o assumir. Há publicidade e publicidade. A simplista que compara os resultados dos dois detergentes numa toalha não interessa para aqui. Mas a de alto coturno, que pratica a auto-ironia, repisando o seu estatuto para que não seja tomada por verdade, fazendo valer a sofisticação do seu artifício e por ele cativando, traz à baila o engenho, que é a aposta mais aliciante a fazer em qualquer pessoa na qual ele seja plausível.
Abraço, Caro Amigo
Espírito publicitário, esse o seu e que me agrada constatar, Caro Réprobo.
Abraço.
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