12.10.08

Incongruências. (continuação)

Que amor teria que ser esse, se é que genuinamente existe, capaz de nos fazer amar alguém sem que o respeito lhe estivesse associado? Aparentemente amor nenhum. Os anos passam por mim e aprendo o verdadeiro significado de um amor que faz com que conceba amar sem porventura respeitar. O amor incondicional. Estou grato por nunca ter convivido com tal situação extrema, ou ter sido submetido a tão severa prova. Mas hoje concebo a possibilidade de amar mesmo na eventualidade do respeito acabar. Uma incongruência que no meu caso deve ser multiplicada por cinco. Cinco das grandes incongruências da minha vida têm nomes. Os nomes dos meus quatro filhos e o da minha mãe.

9 comentários:

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

eu a pensar que o Mister estava no mar alto! e venho aqui e vejo que escreve uque se fartou. enganou-nos! ;-)

amanhã leio, pois o sono não me deixa já ver as letras nem concentrar-me

ana v. disse...

É isso mesmo, Mike... o amor incondicional, maior até do que o respeito.

cristina ribeiro disse...

Ah! Se estamos no domínio "desse" amor, dou a mão à palmatória; esse, sim, é incondicional, Mike. A tal excepção, que não concebo no amor entre homem e mulher: outra coisa será, que não amor...

Luísa A. disse...

Também gosto muito da expressão «amor incondicional». Mas mais não digo, porque ainda não estou segura de poder afirmar que sei o que é um amor incondicional. Em todo o caso, Mike, levantou-me uma enorme dúvida: será que o respeito é uma CONDIÇÃO para amar (e, neste caso, há que descontar as nossas pequenas «incongruências»)? Ou será que é uma CONSEQUÊNCIA de amar (e, neste caso, não há que descontar nada)? ;-D

Paulo Cunha Porto disse...

Belo remate, Amigo Mike, sendo que esse Amor é muto mais Sacro e intangível do que o das escolhas atreitas aos arrependimentos em luta com as dependências. Até nisto sou anti-democrata!
Abraço

ana v. disse...

Fez batota, Mike: ninguém duvida de que o amor que se tem aos filhos e aos pais é incondicional, mesmo que não haja respeito. Pode ser difícil e sofrido, mas é assim mesmo.
Falávamos de outro amor, o sexuado. Mas mesmo em relação a esse eu creio que pode perder-se o respeito muito antes de se perder o amor. Uma profunda decepção não implica o imediato fim do amor... seria tudo mais fácil, se assim fosse.

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

o espirito da Ana, analitico baralhou-me. eu já estava a entrar na sua onda. risos

não queria falar muito de mim, mas vejo que é inevitável. QUem me conhece pessoalmente sabe o amor incondicional que nutro pela minha irmã. O seu post levou-me a pensar se não será porque assumi o papel de mãe dela, reconhecido por ela própria.

sobre a questão que a Luisa coloca, não quero aprofundar muito, senão fico maluquinha :-))

Anónimo disse...

Júlia, acho que já lhe tinha dito, mas com o corsário por perto, mesmo em terra, é como se estivéssemos no mar alto. ;-)

Ana, estamos de acordo sobre "esse" amor que sobrepõe à hipotética ausência de respeito.
E falávamos quem, menina? Eu não, as vossas cabecinhas marotas... (risos)
Não fiz batota, foi genuíno da minha parte, apesar de não ter sido inocente na divisão do post em duas partes. ;-)

Estamos no domínio "desse" amor, Cristina. E não precisa de dar a mão à palmatória que eu fui travesso em dividir o post. :-)

A Luísa e as suas perguntas, que me deixam quase como a Júlia... (risos)
Mesmo assim arrsico: há que descontar sim, que o respeito é uma coisa muito importante. :-)

Fugidia, a menina andou lá muito perto no post anterior. ;-)

Caro Paulo, incondicional é, também, a minha concordância com o seu comentário. Com uma diferença apenas: o até.
Abraço.

Tâmarinha disse...

(;* eu sou um deles!!!

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