19.4.09
Rua Haddock Lobo, 1738, São Paulo.
Somos recebidos por uma majestosa figueira que, dizem, tem mais de cento e trinta anos. São cinquenta metros de altura e oito metros de diâmetro de árvore, e uma sombra que nos apazigua e nos estende os braços quando chegamos. O restaurante, com uma concepção descontraída sem abdicar de uma atmosfera sofisticada, convida a uma refeição no exterior, sem antes passar pelo Oyster Bar, onde nos são servidas ostras frescas que chegam diariamente de Santa Catarina, preparadas com molhos de ervas e acompanhadas por champagne. O Figueira resgata a cozinha primitiva dos fornos feitos de barro e das panelas de ferro. O resultado são deliciosos pratos originais, como o pargo assado, o polvo aplastado, o caixote marinho (polvo, vieiras, camarão, lula e peixes), o nhoque de batata com ossobuco e a bisteca de vitela, levados à mesa em cumbucas marroquinas e travessas francesas de ferro esmaltado. Uma cozinha requintada, feita de contrastes e para ser saboreada sem que o tempo dê sinais de si, acompanhada por uma das sete mil garrafas de vinho da garrafeira a que a revista Wine Spectator atribuiu o prémio Best of Ward of Excellence. A sobremesa é um momento único, ao qual nos entregamos incondicionalmente. A mousse de maracujá não nos deixa pensar e deixamos que o tempo passe sem pressa, que os puros e as conversas não foram feitos para correrias e sim para serem apreciados. Como o Figueira, um dos melhores e mais belos restaurantes onde já estive.
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10 comentários:
Mike,
Não conheço o restaurante , mas em São Paulo comemos muito muito bem.
Adoro os fornos a lenha, as panelas de ferro e de barro. A comida tem outro sabor.
Hoje faço uma moqueca na panela de barro. E vou saborear lembrando esse post de dar água na boca
Lucia, quando for a São Paulo, não deixe de ir ao Figueira. Hoje faz uma moqueca?... hum... deixe lá ver a diferença horária... dá para aquecer o que restou? (risos)
Mike,
Anda logo que já estou esquentando a moqueca.
Anotei a dica e não vou perder.
Beijo sabor moqueca.
Lucia, :)
Mais uma bela dica para quando for a S. Paulo, que não conheço ainda.
Não podes deixar de ir, quando fores a Sampa, Ana. Um primor! :)
hummm, deve ser muitoooo bom. Mas eu estou a tentar ter algum juízo. A minha sorte é mesmo não ter perspectivas de lá ir. (para já)
Ó Sum, o juízo foi feito para se perder. É que, ao contrário do saber, ocupa (muito) lugar. (risos)
E o seu azar é não ter perspectivas (para já) de lá ir. ;)
Eu simplesmente adoro o Figueira. É dos meus favoritos daqui. :)
Um grande beijo, querido.
Você é uma mulher com bom gosto, Marie. :)
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