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28.2.09
Da vida do Convento sabem os que lá estão dentro.
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27.2.09
26.2.09
Curiosidades.
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1. Nasci com quase 10 meses e praticamente morto.
2. Sou expedito na cozinha e bom cozinheiro.
3. Matei a minha primeira perdiz aos 13 anos.
4. O meu primeiro emprego foi como servente de pedreiro.
5. Comecei a trabalhar aos 15 anos.
6. Já fui arrumador de cinema e croupier num casino clandestino.
7. A primeira vez que vi uma peça de teatro tinha 41 anos.
8. Não sei o que é “ir à terra” há quase 34 anos.
9. Entendo que o casamento deve ser “para a vida”.
24.2.09
Vencido mas feliz.
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As mulheres, o Diabo e o Anjo. (IV)
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Para esquecer. Não dei por ti mas deves ter andado por aí a rondar.
Enganas-te. Estive todo o dia a jogar Play Station com o Anjo.
Bela vida a vossa.
Não me posso queixar, mas bela, bela és tu.
Diabo, preciso da tua ajuda para passar de nível.
Já aí vou Anjo. Não vês que estou a falar com a garota?
Não lhe dês ouvidos, rapariga, que ele não é de fiar.
E dou a quem? a ti?
Sim, claro. Já te dou atenção. Ó Diabo, anda cá.
Que chato. Vou a caminho ó andorinha.
Mais respeito, Lúcifer.
Olhem lá vocês dois, desliguem essa porcaria. Raios partam o Fabrice, que trouxe essa geringonça cá para casa. Abençoados patins que meti nos pés daquele anormal.
Não sejas assim tão cruel, que ele até é bom rapaz e gosta de ti.
Cala-te, Anjo, não sejas tão anjinho. Ele gosta é de companhia e da minha sala, aquele inútil.
Eu avisei-te, mas não me deste ouvidos. I hate to say I told you so.
Tu também podias manter essa boca fechada, Diabo.
Ainda se ele gostasse também do teu quarto...
Do quarto também gostava. E da cama, mas só para dormir.
(Uma gargalhada diabólica soou na sala)
Agora a tua crueldade está a tornar-se devassa.
Só dizes disparates, Anjo. E já te disse para desligares essa coisa.
Espera um minuto. Deixa-me ajudar este pacóvio a passar de nível e salvar o jogo.
Salvar o jogo? Salvar o jogo? Acho que é desta que nem o jogo, nem a Play Station se salvam. Vão já para o lixo.
E pões em que caixote da reciclagem?
Anjo, estás a esticar a corda. Olha que ela não está nos seus dias.
Só perguntei porque achei importante.
(Um suspiro angelical ouviu-se na sala)
Quero-vos daqui para fora. Agora! Quero paz. Esta é a minha casa, caramba!
És mesmo parvo, Anjo. Estás a ver o que arranjaste?
Agora a culpa é minha?
É sempre tua, pá. Se ela me tivesse dado ouvidos a esta hora estava nos braços do Patrick e nós podíamos estar a jogar.
O Patrick? esse cafageste que lhe fez a vida negra?
Antes a dela que a nossa.
Não, Diabo. Não contes comigo para essas diabruras. Eu não sou assim. Ou já te esqueceste que sou o Anjo? A minha missão é mantê-la longe das trevas.
Que é para onde vais, não tarda.
Não saberia lá viver, Diabo.
Eu ensino-te, não te preocupes.
Ainda estão na conversa? não vos disse para se porem a andar?
Lá fora está frio e está a chover.
(Em uníssono)
Quero lá eu saber disso para alguma coisa. Rua!
(Bater de porta da entrada)
Safa, estava a ver que não me via livre daqueles dois.
(Corpo atirado para o sofá, pés descalços em cima da mesa e olhar indeciso no telemóvel)
Patrick? Olá. Queres vir jogar Play Station cá a casa?
(Sorriso maroto no rosto)
Play Station? Tu compraste uma Play Station?
Não, foi um Anjo que a cá deixou.
23.2.09
20.2.09
18.2.09
Sem o glamour da metafísica poética.
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Nakata pôs o saco ao ombro e seguiu.
Em Kafka à Beira Mar, de Haruki Murakami, Nakata seguiu um cão que, mal ele se ergueu, começou a afastar-se lentamente. Sem o glamour da metafísica poética com que nos brinda o Privilégio dos Caminhos, mas respondendo ao amável convite da Júlia, transcrevendo a 6ª frase, e escrevendo sobre ela, da página 161 do livro mais próximo, que por sorte, ou azar, não era do Calvin.
17.2.09
Cada um com as suas (seis) manias.
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Sou incapaz de sair do banho diário matinal sem tomar um duche de água fria. Não, não é morna, é com a torneira totalmente no frio. Isso acontece nos 365 dias do ano. Sem isso fico com a sensação que não tomei banho.
Mantendo-me na divisão menos nobre da casa, acrescento a segunda particularidade: escovar os dentes (sim continuo a dizê-lo como se diz no Brasil, fruto de alguns anos de vivência em São Paulo), dizia eu, escovar os dentes só com água fria, senão fico com a mesma sensação, i.e., que não os escovei.
Quando chego a casa a primeira coisa que faço é descalçar-me. Felizmente fui abençoado já que não há cheiros desagradáveis.
Quando acordo abro a janela do meu quarto, nem que seja uma fresta, faça a temperatura que fizer lá fora. E deixo-a aberta durante todo o dia. Nem se atrevam a fechá-la. De seguida abro os estores todos da casa. Luz, preciso de luz.
Só gosto de manteiga rija (talvez por isso evite torradas).
Detesto levantar-me e ver a cozinha por arrumar ou cinzeiros (nem que seja um e apenas com um cigarro) por despejar. Prefiro deitar-me fora de horas e deixar a cozinha arrumada.
Eram são seis, não eram? Há muitas mais particularidades mas não é suposto dizê-las. Não é suposto? Então vou quebrar a regra e acrescentar só mais uma: só consigo ler ou escrever em silêncio. Nem música suave e com o volume no mínimo.
E como para reciclar conteúdo basta seguir a corrente, aqui vai ela: Leonor Barros, Sum, L. Rodrigues, Luísa, Júlia e Helder Robalo.
16.2.09
14.2.09
Desconversa de homens em véspera do tal dia.
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Uau, que coração tão bonito. Foste tu que fizeste?
Sim.
Está muito giro.
É para o dia dos namorados, pai.
Ah...
E vais dar à mãe?
Ó pai, a mãe não é a minha namorada.
Pois... então é para quem?
Para Maggy, pai. Fiz esta tarde para lhe entregar amanhã.
(Ele ainda se baralha com os amanhãs, ontens e por aí adiante).
Na segunda-feira, é isso?
Sim, quando voltar para a escola.
Ela vai gostar muito deste coração.
Eu também acho. Olha, quando chegar a casa posso ir para o teu computador?
Para jogares o Panda?
Sim. E dizes logo à mana que sou eu a ir para lá.
Ok, eu digo.
Porque é que ela não traz o computador dela para tua casa?
Porque se esquece.
Aquela miúda esquece-se de tudo.
!!!!! (gargalhada)
Em silêncio até casa. Achei que devia respeitar o silêncio dele, que adivinhava um pensamento absorvido na sua Maggy. Pudera, ela esta manhã, mal entrámos na sala, perguntou-lhe, sim que eu bem ouvi enquanto me afastava, se ele lhe tinha trazido a prenda do dia dos namorados. E ele de mãos a abanar. Isto está bonito...
13.2.09
11.2.09
Conversa de homens.
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Mas sabes com quem vais casar?
Com a Maggy.
A Maggy, tua professora?
Sim.
Mas ela já é mais velha, achas que vai querer casar contigo?
Vai, pai.
E como sabes?
Disse-lhe que ela é muito bonita e que eu queria casar com ela.
E ela?
Disse que sim.
Chegados a casa entregou-me um convite para uma festa de anos num envelope cor de rosa. Decididamente a conversa de homens ainda ia a meio.
Olha lá, quem é a Manu?
Agora não, pai. Estou a ver o Panda.
???
E estou cansado. Posso comer guloseimas enquanto vejo televisão?
Podes, só duas, mas meu menino vamos lá conversar. Quem é a Manu?
Uma amiguinha da pré. Não conheces.
Conheço sim. É aquela menina loira de cabelos aos caracóis.
Sim, essa.
E gostas dela? (perguntei num tom de voz sumido)
Gosto, claro.
E queres ir à festa de aniversário dela?
Siiiiim. (resposta entediada)
Agora não, pai. Estou a ver o Panda.
???
E estou cansado. Posso comer guloseimas enquanto vejo televisão?
Podes, só duas, mas meu menino vamos lá conversar. Quem é a Manu?
Uma amiguinha da pré. Não conheces.
Conheço sim. É aquela menina loira de cabelos aos caracóis.
Sim, essa.
E gostas dela? (perguntei num tom de voz sumido)
Gosto, claro.
E queres ir à festa de aniversário dela?
Siiiiim. (resposta entediada)
A minha intuição segredou-me que seria melhor deitar mãos à obra, ou melhor, ao jantar, e que a conversa de quase homens tinha passado, por vontade do mais novo, a quase conversa de homens. É que, por momentos, achei que me estava a meter onde não era chamado, ou seja, na vida de um homem.
9.2.09
8.2.09
Desapointing road.
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5.2.09
As mulheres, o Diabo e o Anjo. (III)
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2.2.09
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