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Pai, um obrigada não chega. Alimentaste-me, ensinaste-me, educaste-me, e nos muitos momentos em que eu estava em baixo e prestes a chorar, tu estiveste e sempre estáras lá presente para me apoiar e para me fazer sorrir. Ninguém é como tu . A paciência que tens para mim e para os meus dramas, é mesmo GIGANTE. Não sei como não te cansas de mim. Acho que não conseguiria encontrar um melhor pai que tu. Ya, és bué chato e por vezes, um bocadinho cansativo, mas acho que mais nenhum pai conseguiria fazer o que fazes, ter a paciência que tu tens. Os nossos risos e loucuras, vão ficar para sempre comigo, até ao fim dos meus dias :)
Por vezes , quando vens com a cena dos beijinhos e do " gosto muito de ti" eu digo para me deixares e isso, mas é mesmo porque estás a ser chato. Porque apesar de dizer isso, não quero que vás embora. Se isso acontecesse, sinceramente, não aguentaria. Não passei o Dia do Pai contigo, mas sei que estás a sorrir agora. :-p
Beijinhos, :-)
Achei curiosa a utilização dos verbos alimentar, ensinar e educar no passado. Deve-se achar já muito crescida, é o que é. E respondi-lhe que a minha paciência não era gigante, antes infinita, safa! E que se ela não sabe como não me canso dela, é porque não está atenta.
O mais novo fez um um cartão na escola, que me entregou com um abraço. Reza assim o texto: Para o meu pai fiz esta prenda, que lhe mostra a minha mão, bom amigo e companheiro é dele o meu coração. Eu gosto do pai porque ele brinca comigo e às vezes faz-me as vontades. Vezes demais, acho eu, que há dias em que me sinto mais avô que pai.
8 comentários:
Mike,
Que delícia! Tanto a descrição da sua filhota como do "netinho"! A mistura dos dois textos dá-me para visualizar o Mike! Julgo se o vir na rua ou noutro sitio digo: é o Miguel!
(sabe que no seu perfil não vem o seu nome? Por isso é que lhe perguntei para dizer ao João. Sou Bacouca mas nem tanto!)
Um xi
Sabe bem receber missivas destas, Mike. Eu, que sempre tive a mania de guardar, fui descobrir desenhos, cartinhas e mensagens (não havia internet...)das minhas filhas, todas elas enternecedoras e deliciosas. Nunca se envergonhe de mostrar a ternura que tem pelos filhos.
Pode botar fermento nessa sua paciencia, que essa menina bem o merece!:)
É tão bom, Mike, que os filhos se habituem a exprimir os seus sentimentos aos pais. No meu tempo, éramos educados com esse tabu – ou fomo-lo alguns de nós – e eu tenho pena (embora não remorso) de nunca ter conseguido vencê-lo (ao tabu)… pelo menos até hoje. :-)
Bacouca,
Não esteja tão segura assim. ;-)
(Não está no perfil mas está no e-mail, menina).
Um xi.
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Catarina,
Ups!... ternura nunca tive problemas em demonstrar, mas guardar desenhos, cartinhas e mensagens, só há o faço há uns 3 anitos. :-/
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Dulce,
Então mesmo sendo pé duro na cozinha, vou meter fermento nesta minha paciência. ;-)
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Luísa,
Principalmente com a minha mãe, nunca tivemos (e continuamos a não ter) problemas de expressão de sentimentos. Com o meu pai as coisas eram um bocado diferentes. No meu caso não há tabus a vencer. ;-)
É bom saber que ainda sabemos amar.
Um beijo
Que ternura! Ainda ontem estive com o meu filho mais novo a arrumar cartinhas dessas que eles me escreviam quando eram pequenos. Fartámo-nos de rir, mas acho que foi para disfarçar a emoção...
Ana Campos,
E porque não haveríamos? ;-)
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Ana,
Acho... quer dizer... tenho a certeza que foi para disfarçar a emoção... ;-D
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