* Há que confirmar as audiências durante esse período.
22.2.10
Como vi o jogo desta noite.
Contra um meio campo com a lição bem estudada e uma defesa de betão bem articulada, mandam as regras que não se bata de frente. Ou no fim restará o amargo de boca de se ter sido ineficaz e de se ter prestado um bom serviço ao adversário. Em vez de colocar a bola nos pés ou na cabeça dos avançados colocados de costas para a baliza e desprotegidos, em que a única solução é devolvê-la para trás, espera-se que o ataque seja subtil e pelos flancos e não através do jogo directo, em que os lances esbarram, invariavelmente, na linha defensiva do meio campo ou na tal defesa de betão e bem preparada, expondo a equipa a contra-ataques bem gizados e perigosos. Perante um adversário que, justiça seja feita, se farta de trabalhar todos os sectores do campo e faz gala de estudar os detalhes da táctica, há que usar outro tipo de artimanhas. Outros jogadores, extremos mais astutos que tenham o condão e a capacidade de baralhar uma defesa sólida e quase intransponível. Estou a pensar em extremos como o matreiro Buraco, de apelido Fechadura e o já entradote mas ainda respeitável Watergate. Mesmo a jogar em casa e contra um adversário aparentemente fragilizado, se não se estuda bem a lição e não se tem uma postura adequada, qualquer equipa se arrisca a perder. Controvérsias aparte, creio que o vencedor do jogo desta noite foi o clube anfitrião (Sociedade Independente de Comunicação), adivinhando-se casa cheia* enquanto o jogo teve lugar, apesar da sua equipa ter saído derrotada, vergando-se à equipa visitante. Mas não foi um jogo por aí além e, a espaços, dei por mim distraído à volta dos jornais do fim-de-semana que não tive tempo de ler por causa da terapia. Mas esse é outro assunto, sobre o qual me debruçarei mais tarde.
* Há que confirmar as audiências durante esse período.
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14 comentários:
Gostei muito do relato, o qual subscrevo :-D
(terapia...?)
(risos abafados)
Obrigado, Fugidia. :)
Não queira tirar nabos da púcara. Da terapia falo mais tarde... humprffttt!!!
Mike,
De futebol e suas tácticas não percebo nada até porque é uma "faca de dois legumes". Fintas, malabarismos, ponta pés que não acertaram na bola vi entre um jornalista e o pm. Mas concerteza não estavamos sintonizados no mesmo canal...
Xi
(eheheheheh)
A Bacouca diz que não percebe de futebol e eu digo o mesmo de política. Estamos quites. (risos)
Um xi. :)
Sabe o que diz um amigo com muita idade "dessem uma bola a cada jogador e estava o problema resolvido":)))
Sabe o que diz o meu único filho sportingista "se eu fosse do FCP já tinha festejado tanta vitórias"
:((
GJ,
Esse seu filho, se não é devia, ser o "menino lindo" dos pais. (risos)
Na verdade, os irmãos dizem que o sportinguista é o príncipe da casa ...(risos)
Confesso que não vi,Mike, mas como já conheço a técnica dos " jogadores " em campo...
Excelente relato, Mike. Embora não concorde com tudo, foi enorme o prazer de ler este post.
Houve ali um problema táctico de uma equipa experiente e do melhor do nosso campeonato, mas que talvez pelo tempo em que esteve fora dos relvados, estava um bocado nervoso. Mas que ali há fibra, garra e muita técnica, não duvide, Mike...
GJ,
Bem que eu desconfiava... :D
...................................
Cristina,
Pois!... a táctica não mudou muito. ;)
...................................
Carlos,
Obrigado.
Também acredito que a equipa experiente tem fibra, garra e técnica e que, apenas razões expostas, se apresentou algo enferrujada. Não duvido.
Parece-me um relato objectivo, Mike, embora tenha andado, por estes dias, menos atenta às análises do pedagógico Rui Santos e, por conseguinte, menos sensível à problemática dos relvados. De uma maneira geral, concordo que, para vencer a muralha de uma defesa bem organizada, só o avanço pelos flancos, ardiloso, subtil, ou o ataque directo – mas inesperado! – depois de uma longa simulação de fraqueza. Também concordo que o jogo acabou por ser pouco interessante, porque, embora tenha arrancado com muita energia e combatividade de ambos os lados, acabou por cair na monotonia, por falta criatividade na gestão da bola em campo. Um jogo igual a milhentos outros. :-)
Como não acredito no súbito enferrujamento e desorientação da equipa da casa - que não tem tido ultimamente muita presença nos grandes estádios mas nunca deixou de jogar e treinar em relvados diversos - e sempre a conheci agressiva e coleccionadora de cartões amarelos, só posso concluir duas coisas: ou o árbitro estava comprado pela equipa convidada, ou a equipa da casa já só aspira a outros campeonatos, negligenciando estes...
Caramba, Ana... davas uma comentadora "de bola" e peras... ;D
Depois de ter visto o jogo de hoje, confirmei o que já tinha dito antes... ou então houve um milagre de desenferrujamento, porque a equipa da casa voltou à antiga forma em uma semana apenas!
;-)
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