1.9.08
Eu também talvez seja de Darfour.
Sou leitor assíduo e desta vez, não me perguntem porquê, li o post duas vezes. No Combustões, um post explosivo em conteúdo e magnífico na forma. Revi-me em ambas as vertentes de um texto que explica quase tudo, até porque o lixo do Império de pés de barro, acrescento eu, sente como sente e jamais sentirá de outra forma, para o bem e para o mal. Também perdoei e, ao contrário do autor de tão incisivo e extraordinário texto, a maior parte das vezes preciso que me lembrem. A vida para nós teve que continuar, sem nostalgia, franzindo o sobrolho à autocomiseração, lidando mal com a pena e esperando sempre muito pouco ou nada em troca, muito menos de uma Pátria patranha, que sempre se acostumou a tratar alguns filhos como enteados. Talvez também seja de Darfour, com as devidas proporções que reconheço no bom senso do Combustões e num texto, não me canso de dizer, contundente e excelente. Parabéns ao autor.
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6 comentários:
São sempre de primeira água os textos do Combustões. Este não foge à regra, embora seja uma realidade que eu desconheço na pele. E o seu testemunho desencantado, Mike, embora triste é perfeitamente legítimo. E é uma pena que o seja.
fico furiosa comigo quando vcs o referem,porque eu esqueço-me sempre de lá ir, vou sempre por interpostas pessoas..vou linkar, para resolver a questão comigo propria.
bom texto,sim,Mike|
Apesar de tudo, Mike, é consolador verificar que as pessoas, que conheço (e são algumas), regressadas de África naquelas dramáticas e tão injustas circunstâncias, pessoas das mais diversas idades, conseguiram dar a volta ao destino e alcançar, também cá, um nível de sucesso, que só pode atestar inteligência e capacidade de adaptação superiores.
Ana, não sou dado a regressos ao passado e creio que as circunstâncias ajudaram. Agora que o texto do Combustões é excelente, lá isso é. ;-)
É muito bom, sim, Júlia.
Curiosamente, Luísa, acredito que as pessoas se habituam a dar a volta ao destino quando ele teima em dar-lhes a volta. Creio que foi o que aconteceu. A essas pessoas nada mais restava que dar a volta ao destino. :-)
Concordando com a Luísa-começar de novo e chegarem aonde chegaram é de gente de fibra-, fica sempre a injustiça da forma como estes portugueses foram tratados.
Cristina... obrigado. :-)
Digamos que a vida nos moldou, em alguns aspectos negativamente, noutros positivamente...
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