Creio que acontece a todos, associar um instrumento a algo, a uma situação, ou a alguém. Eu, quando penso em piano, ou quando vejo um piano, invariavelmente e a maior parte das vezes, que a estatística mental neste caso não me atraiçoa, penso em Oscar Peterson. A culpa é da minha mãe. O avô, a avó e o pai dela, fosse com uma pauta à frente ou de ouvido, tratavam as teclas do piano com o mesmo àvontade e cumplicidade como quem trata um conhecido ou amigo de longa data. Eu não, fiquei-me pelo prazer auditivo. Prazer redobrado quando escuto o som sublime desse instrumento de cordas afagado pelas mãos mestras e pelo sentimento único do incomparável Oscar Peterson, considerado por muitos como o maior pianista de jazz de todos os tempos. Lá em casa, a mãe, e quem sou eu para a contrariar com a voz dos críticos por mais afamados, credíveis e reputados que sejam, dizia eu, a mãe sempre disse que o maior foi Art Tatum. Desta vez, e às escondidas que ela não está para aí virada para blogs, a minha opinião será soberana. O maior foi Mr. Peterson. Com ele ao piano, começam alguns dos grandes nomes do jazz que eu mais gosto, o dos anos 50.
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2 comentários:
"His hands could do things few piano players can do," said pianist Bill King
:)
pena que se vão .. e que o génio com eles vá também ..
Pois desconhecia os dizeres de Bill King ;)...
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