11.1.10
O início da presidentA, o nosso final # 2.
Vai daí, antes de vos dizer o que resolveram, deixem-me que vos diga que esta história está muito mal contada. Tem um conteúdo delicioso e está escrita com a habitual mestria da presidentA, mas cá me parece que este inesperado rigor com a dieta alimentar está a servir de camuflagem a algo que só mais tarde poderá ser revelado. Adiante, que não tenho nada a ver com isso e ainda sou acusado de levantar suspeitas ditas infundadas. Reza o final do início que sem o inestimável préstimo de amigos, jamais os dois amantes se voltariam a refeiçar. Vai daí, resolveram ser mais cuidadosos e não inquietarem as famílias Sericchaio e Bifeleto, e esperarem por uma oportunidade especial para se refeiçarem. É verdade que contaram com o inestimável préstimo de Patate Fritti, um amigo de ambos que, por ser tão redondo e caseiro, lhe chamavam “Frei Patate”, e do inebriante e bem disposto Vino Rosso que aconselhou o jovem Bifeleto a fazer regime e exercício físico, para se ver livre de adiposidades indesejáveis, abrindo-lhe, com esse propósito, as portas do ginásio À La Planche. Patate Fritti, durante um passeio campestre com a bela Sericchaia, sugeriu-lhe dar menos ouvidos às ameixas doces que a rodeavam, afiançando-lhe que deveria estar mais atenta e dar-se mais com as ameixas de gosto mais misterioso e atrevido. E como sofreram os dois amantes com a separação e a ansiosa espera do reencontro. Bifeleto deixou parte da gordura na grelha e Sericchaia não conseguiu evitar o rubor nas faces e o sangue em ebulição ao ouvir as conversas das ameixas mais atrevidas, conversas que o pudor me impede de transcrever. Passado algum tempo, Bifeleto, esbelto e irresistível, chega à pitoresca e romântica vila Ares Della Mia Grazia montado no seu imponente Uovo, o garanhão que o patriarca dos Bifeletos lhe tinha oferecido. Por aqui poderão ver que a história não está muito bem contada. É que nenhum de nós consegue imaginar, como diz a presidentA, o Uovo a cavalo do garboso Bifeleto. Seguindo, senão perco-me. Os Amici, que anteriormente o tinham rejeitado, deram, entretanto, permissão que os jovens passeassem de mãos dadas, à vista de todos pela Tavolo, praça principal da romântica vila, e que jantassem juntos e a sós essa noite, em que Bifeleto iria pedir a mão de Sericchaia. E foi nessa mesma noite que, entre olhares trocados, sorrisos cúmplices, segredos íntimos e pensamentos libidinosos, Bifeleto e a bela Sericchaia, sucumbindo ao desejo e à paixão, se refeiçaram.
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6 comentários:
Desculpe lá, Mike, mas cheira-me ( não, não é ao Bifelete com Patate Frite), mas sim que esta contiuação do texto da PresidentA tem algo a ver co o regresso do Berlusconni à actividade política...
Oh Mike este texto está GENIAL!
Mas que imaginação, humor, ironia, meu Deus.
Adorei os nomes próprios e a ideia do enredo.
Eu não ficava por aqui, pode desenvolver muito mais esta narrativa.
Tem um jeito, que só lhe digo!
***** estrelas!
Adivinham-se misturas explosivas, Mike. Vamos ter exposição fotográfica? ;-D
Carlos,
Desculpe lá, mas eu acho que lhe cheira ao Bifelete e Patate Fritti, sim. ;)
Olhe, talvez eu devesse saber, mas desconhecia que o Berlusconni já estivesse pronto para outra. :)
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Ó Patti,
Assim fico sem jeito. Está agora genial, senhora... está mas é uma desconversa pegada, escrito a correr.
Obrigado, mas não vou desenvolver narrativa nenhuma. A Patti dá-nos a deixa e nós damos o seguimento, mais nada. :)
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Luísa,
Deve estar a brincar... só pode! Que lata, hein? Vamos ter exposição fotográfica mas é a sua. Ou pensa que coloquei de parte essa ideia... ;D
Ganda versão do Romeu e Julieta, Mike! Adorei.
Obrigado. :)
Vindo de ti deixa-me meio sem jeito. ;)
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