9.9.08
Uma carga de trabalhos
O sentido genérico da palavra trabalho, tal como hoje lhe é atribuído, teve início no século XIV e pode ser resumido como "aplicação das forças e faculdades (talentos e habilidades) humanas para alcançar um determinado fim". Com a especialidade das actividades humanas, imposta pela pela evolução cultural e especialmente pela Revolução Industrial, a palavra trabalho tem hoje uma série de diferentes significados. Na Idade Média, ao trabalho era associado um significado mais simples e directo: actividades físicas produzidas pelos trabalhadores em geral, fossem eles camponeses, artesãos, agricultores ou pedreiros. Nos tempos actuais devem incluir-se os publicitários. Contudo não deixa de ser curioso que em tempos idos havia um instrumento de tortura constituído por três paus (tri paliu) e que, originalmente, trabalhar significava ser torturado no tripaliu, um vocábulo do latim onde a palavra trabalho tem a sua origem. Pelo menos a mim ajudou-me a explicar porque é que passado tanto tempo (vários séculos) às vezes há dias em que nos metemos numa carga de trabalhos. Ou seja, o tripaliu fustiga-nos sem dó, nem piedade. O lado bom é que se nos metemos, havemos de sair. Ó tripaliu acalma-te lá um bocado que quero ir para casa.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Acerca de mim
Arquivo do blog
-
▼
2008
(374)
-
▼
setembro
(23)
- O conhecimento é uma porta aberta ao proveito.
- Gosto do silêncio das palavras lidas.
- Bom fim-de-semana e boa semana.
- Brandos costumes, brando futuro.
- Ganhar ou perder, eis a questão.
- Vou chorar, vou rir, vou chorar, vou rir, vou chor...
- We will not go far enough.
- Sucessora de Golda Meir?
- “Haja ou não deusas, delas somos servos”.* Ou dece...
- Hipocrisia tem mais um sinónimo: proposta.
- Para quem solicitou o Livro de Reclamações por não...
- Vou só ali comprar cigarros.
- Não estejas assim.
- Bom fim-de-semana.
- Como te entendo...
- Bem vindo, Paulo.
- Grandes empresários, um belo governo e um país exc...
- Uma carga de trabalhos
- Palavras ditas e palavras ouvidas.
- Gosto de morangos.
- Bom fim-de-semana.
- Há qualquer coisa que me está a escapar.
- Eu também talvez seja de Darfour.
-
▼
setembro
(23)
À conversa com
- A Curva da Estrada
- Acto Falhado
- Adeus, até ao meu regresso
- Ares da minha graça
- Coisas da Vida
- Corta-fitas
- Crónicas do Rochedo
- Delito de Opinião
- Designorado
- Esconderijo
- Estado Sentido
- Grande Jóia
- Miss Pearls
- O privilégio dos caminhos
- Pátio das Conversas
- Saber viver numa multidão
- Sonhos nas Pontas dos Dedos
8 comentários:
E a carga de trabalhos que dá assimilar tudo o que aprendemos na leitura de posts como este? :))
(risos) Está na hora de ir para casa, Teresa. :-)
Oh Mister, espero que tenha descansado e sarado as feridas do raio do tripalium...
:-)))
Tudo começa logo no Génesis, quando O grande chefe instaura um processo disciplinar sumaríssimo ao casal de assalariados, por comportamento indecoroso no local de trabalho e tentativa de acesso a informação privilegiada. As penas aplicadas pel'O grande chefe, que não se deve ter lembrado de nada pior, são o trabalho de parto para ela e o trabalho propriamente dito para ele.
Nos últimos tempos, vá-se lá saber porquê, ela decidiu acumular os trabalhos dele com os dela e transformar a vida do planeta inteiro numa verdadeira carga de tripalius.
(gargalhada)
... mania de emancipação... deu nisto...
:-D
Ora, inverti as coisas, Fugidia. Meti o trabalho no tripaliu. ;-)
Ó José, é que se elas se metessem apenas elas em tripalius... agora arrastar o resto do planeta... safa. Um prazer reler-te.
Ah, as emancipações, Fugidia... (riso contido)
Logo vi, Mike, que o trabalho não podia ter bons antecedentes. E assim se explica por que é que detesto trabalhar, embora goste de fazer coisas. :-)
(muitos risos)
Luísa, ainda vou indagar a origem do conceito fazer coisas. (mais risos)
Enviar um comentário