6.3.09

Praça Antônio Prado 1952, São Paulo.

Não conheci Vittorio Fasano, um italiano de Milão, e apenas conheço parte da história da sua vida depois de ter chegado a São Paulo em 1902 e ter inaugurado a Brasserie Paulista, estabelecendo uma tradição familiar gastronómica que o filho Ruggero se encarregou de dar continuidade. Conheci Rogério, a quarta geração da família, que expandiu o negócio da restauração e criou o Fasano que eu tive o privilégio de conhecer, ainda na Rua Haddock Lobo, no Bairro dos Jardins, e antes de passar a fazer parte do hotel da família, uma referência na América do Sul, para ser comedido no elogio. No restaurante Fasano respira-se uma atmosfera única em que o projecto do arquitecto Isay Weinfeld impõe uma simplicidade austera mas acolhedora, onde o ambiente está, acima de tudo, ao serviço do desfrutar da mesa, cuja responsabilidade está a cargo do chef Salvatore Loi, que executa com o seu toque delicado e contemporâneo, receitas com mais de duzentos anos. Ele e Rogério deliciam-nos com uma cozinha inspirada nos sabores de várias regiões de Itália, regada superiormente por vinhos de uma adega administrada com requinte e ciência por Manoel Beato, e que Rogério se incumbe, ele próprio, de pesquisar nas viagens que faz às regiões de Piemonte e Toscana. Não existe uma só Cozinha Italiana, há várias, costuma dizer Rogério Fasano, acrescentando que quando se fala de gastronomia, a Itália é uma colcha de retalhos. E que bela colcha, Rogério. Uma colcha em que o requinte e a sobriedade dos retalhos nos fazem viver uma experiência única e inesquecível. Razão tem a revista Condé Nast Traveller, quando na sua edição The Best in the World, inclui e referencia, com toda a justiça, o restaurante Fasano.

12 comentários:

Luísa A. disse...

Mike, e posso saber para quando tem aprazado um convite à «sua» blogosfera para um jantarinho no restaurante Fasano? Isto não basta falar. É preciso agir! ;-D

LADY-BIRD, ANTITABÁGIKA, FÃ DO JOMI LOL E JÁ AGORA DOS NOSSOS AMIGOS ANTI-TECNOLOGIAS: MARCHANTE (se não existissem tinham que ser inventados) disse...

Apoio a Luísa! Mike, my friend, não basta falar, quero degustar!lol

beijinho

Mike disse...

Luísa, bem sei que um convite para jantar, com uma percentagem razoável de sucesso, no seu caso, deverá envolver (muito) boa cozinha italiana. ;)
Mas precisa mesmo ser no Fasano? Hum... pronto, vou orçamentar o jantarinho e apresentar a proposta à "minha" blogosfera. O jantar fica por minha conta, mas as viagens e estadias... (risos)

Mike disse...

My friend Lady Bird, como a menina faz parte da "minha" blogosfera, encarregar-me-ei de lhe apresentar o orçamento. ;)

LADY-BIRD, ANTITABÁGIKA, FÃ DO JOMI LOL E JÁ AGORA DOS NOSSOS AMIGOS ANTI-TECNOLOGIAS: MARCHANTE (se não existissem tinham que ser inventados) disse...

Mike, veja lá, não meta a mão na conta...lol...meta a mão na massa!

beijinho

Marie Tourvel disse...

Ah, então o senhor conhece o Fasano... e o Rogério. Muito bem. Tenho a chance de ir por lá vez em quando. Muuuuuuito bom!

Beijinho e bom fim de semana, querido.

ana v. disse...

O Fasano promete, sim senhor. Dizem que Sampa é a cidade do mundo onde melhor se come. Confirmas?

Anónimo disse...

Nem na conta e muito menos na massa. (risos)
Isso deixo para quem sabe, Lady Bird. :)

Anónimo disse...

É verdade Marie. E eu, que vivi cerca de 3 anos em Sampa, lá ia passar ao lado de conhecer o Fasano?... e o Gero, e o Parigi, e a Forneria, e a Casa da Fazenda... (risos)
O Rogério conheci-o quando o Fasano ainda era na Haddock Lobo. :)

Anónimo disse...

Confirmo, Ana! Quando fui para São Paulo, no final de 2000, a Newsweek elegeu São Paulo como a capital gastronómica do mundo. :)
Vais-te rir, mas até nas lanchonetes e restaurantes "o quilo" comi muito bem... hummmm, a carne seca com árrois e feijão, e batata doce frita.... nham nham... (risos)

Marie Tourvel disse...

E quando voltas a São Paulo, hein? Prometa que vai me visitar. ;)

Beijinhos

Mike disse...

Não sei quando volto, Marie. Mas quando voltar prometo que a visito. :)

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