3.6.15

Casa-trabalho-trabalho-casa

E assim se passam os dias, as semanas, os meses. Não creio que o meu dia-a-dia seja muito diferente dos demais; aliás, tenho a certeza que não é. E isso é suposto reconfortar-me? Confesso que já não tenho tanta certeza disso. Uma voz diz-me que sim, outra diz-me que não. Mas o que interessa o que as vozes me dizem, se o que é mais importante é o que eu sinto?  Que se lixem as vozes! Não, não me sinto reconfortado. Nada que uma ou duas cervejas geladas a acompanhar o jantar não apazigúem momentaneamente... apenas isso.


Hoje devia ter corrido, mas faltou-me energia e ânimo depois de um dia tenso e intenso; daqueles em que ficamos com um amargo de boca por termos dado tudo e o nosso melhor e mesmo assim não termos sido bem sucedidos. Acontece aos que metem mãos à obra; a bem dizer, só acontece a esses. Só me apetecia vir para casa e nem fiz a mais ténue tentativa de me equipar. Ainda vou ter que admitir que ter a minha casa à espera para me receber é uma dádiva e que deveria estar grato em vez de me lamentar. Pois muito bem: admito!  

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