Há dias em que tudo parece estar em jogo, nas mais pequenas mas tantas decisões que se podiam contabilizar ao minuto. E nesses minutos que vão passando e transformando-se em horas são tantas as vezes que não damos conta do que se joga. Precisamos parar e, mesmo cansados da jornada, mesmo com a lucidez turva pela energia - ou pela falta dela - fazer um balanço: o balanço do dia. O silêncio ajuda, ele é o companheiro que se queda a nosso lado assim mesmo, em silêncio, como se ouvisse os nossos pensamentos e, aqui e ali, os pusesse em ordem, sem que uma palavra tenhamos que dizer. São dias em que parece que tudo esteve em jogo: um pedaço da nossa dignidade, a ética, e lealdade, o controle ou a solidariedade e a educação, porque tantas são as vezes em que somos empurrados para o que julgamos serem becos sem saída nas decisões que têm que ser tomadas. Como se houvesse apenas uma coisa em jogo, ou só essa coisa fosse a única que importasse ou tivesse que reger o nosso comportamento. Há dias extraordinariamente difíceis, desagradáveis e muito pouco ou nada gratificantes. Felizmente há balanços que são exactamente o contrário. Amanhã é outro dia. Espera-se e deseja-se que não haja necessidade de balanço. Seria bom sinal.
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