20.2.08

Por seres tu, dir-te-ei que sim, ora.

Sabes, meu querido, queria pedir-te um favor mas não queria que isso complicasse a tua vida que a sei complicada que baste. Diz-me ao que vens e por seres tu dir-te-ei que sim. Estou a falar a sério, se for complicado dizes-me que eu entenderei. E eu também estou a falar a sério, senhora. Queria pedir-te que me levasses a ver a Aninhas, ela está sozinha, os médicos recusam-se a operá-la outra vez ao coração e não sei quanto mais tempo viverá. Isso não complica a minha vida, antes enriquece-a. Mas já tens tanto com que te preocupar... Pois já, de facto é verdade, mas desde quando é que isso que me estás a pedir é mais uma preocupação?

Despedimo-nos com um beijo e com um xi-coração apertado, daqueles que ela* gosta, e mandei-a deitar-se que aquilo não eram horas de estar a pé. Riu-se, uma gargalhada infantil, prometeu-me que obedeceria e desligou.

* Pessoa encantadora, mulher admirável, esposa querida mesmo na viuvez, mãe que é um exemplo vivo para um filho, a quem nada devo e devo tudo.


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