Comecemos por esta definição, antecipando parte da resposta ao comentário da Luísa e que, à falta de melhor evite apreciações subjectivas. É, com base nesta permissa, que elaboro as minhas respostas.
“Dignidade é a palavra que define uma linha de honestidade e acções correctas baseadas na justiça e nos direitos humanos, construída através dos anos e criando uma reputação favorável ao indivíduo. Respeitando todos os códigos de ética e cidadania e nunca transgredindo-os, ferindo a moral e os direitos de outras pessoas”.
Sobre a possibilidade de um comprar a outra, sou levado a concordar, infelizmente, com a Dreamer. E a dizer à Sum que continue a ser menina, esperando que possa e consiga continuar a sê-lo. Quanto ao benefício da dúvida, e como em tudo na vida, claro que só compra a dignidade de alguns. E é preciso que a tenham para poder ser comprada. Que tal assim, Sum? Rita Vasconcelos, se me permite vou discordar: compra ambos, silêncio e dignidade, entre outras coisas. Ah, GJ, o seu comentário daria pano para mangas, Colega. Concordo que não compre savoir-faire, gentileza ou sabedoria. Mas quanto a dignidade, minha cara GJ, estamos em desacordo. Atente na definição. Luísa, não pude deixar de me rir com o seu comentário sobre o monante. Que negociadora, me saiu a senhora!
Perante esta definição, da qual poderão discordar, nos tempos que correm e para quem o verbo e o acto de decidir são exercidos para além do campo teórico, continuo a achar que sim, que um compra a outra. Infelizmente!
23.11.10
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7 comentários:
Mike, essa dignidade que define parece-me de avaliação muito subjectiva. Às vezes, a lutas são mais eficazes quando se fazem dentro do campo inimigo, pelo que aquele que achamos um «vendido» está, na verdade, a tentar trazer eficácia à sua luta. É provável que haja, por aí, muita gente «indigna» capaz de dar lições de dignidade a muita gente aparente e «intransigentemente» digna. Por isso, e em resumo, só posso responder à sua interrogação após análise caso a caso. ;-D
P.S.: De qualquer modo, admito que toda a dignidade tenha um preço de venda. Mas também admito que esse preço nem sempre tenha expressão monetária. :-)
É verdade que há dignidade e dignidade. Mas a dignidade sem dignidade (i.e.a falsa dignidade) está sempre à venda. Só depende do preço...
Extraordinária lucidez, Luísa. Pela análise caso a caso, pela gente "indigna" e gente "intransigente" digna, e pela expressão do preço a pagar... :-)
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Continuamos de acordo, Dreamer. :-)
Se é certo que o aumento de rendimento per capita contribui para a melhoria do nivel de vida das populações, se melhor nivel de vida significa melhor educação, então outras coisas sendo iguais, a dignidade pode ser adquirida (não comprada) pelo dinheiro.
Mantenho o que disse antes, e não me considero uma lírica por causa disso.
Entendo o ponto de vista, GJ. Mas mesmo assim, Colega, desta vez não estamos de acordo. :-)
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Mas és, Ana. (risos)
Bah!
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