Como se aquela mão aveludada, de pele macia e suave, tivesse tomado a minha, inesperadamente. E na surpresa de um encontro, como se do primeiro se tratasse, o tempo tivesse parado e nada mais existisse. Só nós. Nós e a cumplicidade de um sorriso que desejamos inocentemente acreditar pertencer-nos. Nós e os passos dados, lado a lado, por um caminho que os dedos inquietos das mãos nuas parecem tactear subtilmente, na tentativa de perpetuar cada momento de felicidade vivida, como que segredando entre eles o que os olhares confirmam, o que os corações sussurram e os corpos desejam. Nós.
Apenas nós e a natureza que rodeia o convento erguido, numa encosta da Serra d’Ossa por monges eremitas, no século XII, em homenagem a São Paulo.