A Luísa lançou o desafio, fundamentando-o com o facto de não estar certa de compreender a sensibilidade masculina (nesta como noutras matérias de “arbitragem”). Confesso que não contive um sorriso perante tão adorável aptidão inata para manipular com tanta mestria, sob a capa de uma incerteza que a maior parte de nós, estou certo, não acreditará. E como quase sempre, consegue os seus intentos. Digo como quase sempre porque as eleições estão à porta. Pois saiba a Luísa que todos os cartões vermelhos de que fez uso, eu também o faria. Por aqui estamos conversados, por isso há que desconversar, passando à amostragem dos tais 10 cartões vermelhos:
A quem, depois de já ter sido mostrado um cartão amarelo por uma falta praticada, comete outra grave passível de ser admoestado com o segundo cartão amarelo.
A quem, mesmo sem ter sido mostrado um cartão amarelo, impede o adversário (já isolado e apenas com o guarda-redes pela frente).
A quem, declaradamente, ponha em risco a integridade física de um adversário, mesmo sendo na disputa de uma jogada.
A quem se dirige ao juíz de campo (árbitro do jogo) com uma linguagem imprópria.
A quem use a ironia, por gestos ou expressão facial, após uma decisão do árbitro.
A quem se dirige aos juízes auxiliares (bandeirinhas) com uma linguagem imprópria.
A quem não respeite, através de gestos ou palavras, o público que assiste ao espectáculo.
A quem, insolentemente, demore a abandonar o campo depois de tomar conhecimento da sua substituição.
A quem pratique a agressão a um adversário.
A quem pratique a agressão a um colega de equipa.
Nota: Em matéria de futebol e “arbitragem”, eu alteraria algumas regras de forma a permitir que os árbitros mostrassem mais cartões vermelhos. E não estou certo, mas creio que na vida, principalmente a pública, também.
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8 comentários:
Bela abertura :)
Obrigado, Sum. Estava em risco de me ser mostrado um cartão vermelho. (risada)
Bons olhos o leiam, Mike! :-)
Quanto à distribuição dos cartões, vejo que a timidez (ou terá sido o horror à palavra «sensibilidade»?) lhe impôs o caminho do saber técnico. Mas, desconversando também, concordo que há, provavelmente, outras situações em campo que justificariam a «cartolina rubra», como acho que há algumas que levam com ela imerecidamente. Castigar o «uso de ironia» parece-me manifestamente um exagero. Pois a ironia é, frequentemente, a escapatória elegante (e inteligente) dos injustiçados. Sou muito favorável à ironia. E uma equipa de futebol não é, exactamente, uma unidade militar. Não concorda? ;-D
A Luísa é muito simpática. No seu comentário há duas palavras que me lembro, em tempos, de ter assumido publicamente serem palavras de que não gosto (e acho que a Luísa também se recorda): sensível e irónico. :)
Na verdade não foi uma questão de timidez porque os seus cartões vermelhos correspondem à maioria dos que também mostraria, acrescentando o racismo ou o pseudo anti-racismo (que ainda me chateia mais, mas isso é assunto para post).
Tem razão quando diz que uma equipa de futebol não é (nem deve) ser uma unidade militar mas a muitos dos garotos que hoje são vedetas em equipas de futebol, não teria feito mal passar por um quartel. ;)
Venho só espreitar porque esta semana também fiquei empancada na escalada :)))
Nós demos conta, GJ. O madness à segunda-feira, passou para 3ª, 4ª, 5ª e... hoje ainda não fui lá espreitar. ;D
E a escalada foi boa?
Deve ter sido igual à sua, Mike. Férias a mais (?) e trabalho acumulado...;)
GJ,
Trabalho acumulado, mesmo que se tente contrariar, acontece sempre. Mas férias nunca são a mais. ;D
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